Sob suspeita de participar de um assalto à cantina do
Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, onde prestava serviços como
porteiro, o funcionário da empresa de vigilância Arjo, Rogério Honorato
Ramos, de 25 anos, foi chamado, na terça-feira, pelo chefe e supervisor
Leonardo Martins da Costa, de 36,
para comparecer ao escritório da
firma, em Bonsucesso. Ao ser acusado do crime, o porteiro sacou uma
pistola, calibre ponto 40, e disparou tiros que atingiram a cabeça e a
barriga do supervisor. Dono da empresa, o subtenente PM Carlos Alberto
Braga Perna, de 54, que também estava na sala, foi ferido com um tiro no
pescoço.
Leonardo chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do
hospital. Já o subtenente está internado no Quinta D’Or. Rogério
Honorato Ramos teve a prisão temporária decretada, ontem, pela Justiça
do Rio, e está foragido. Para o delegado Giniton Lages, da Divisão de
Homicídios (DH), não há qualquer dúvida sobre a autoria do assassinato
do supervisor.
— Ele foi reconhecido por seis testemunhas. Além disto, há
imagens de vídeo que flagram a saída do porteiro do local do crime.
Naquele momento, ele ainda estava portando a arma utilizada para matar o
supervisor e também ferir o subtenente — afirmou o delegado.
Logo após o crime, câmeras de um circuito de segurança flagraram
Rogério Honorato deixando o escritório da Arjo, que fica no terceiro
andar de um sobrado. Quando começa a descer uma escada, para ter acesso
ao segundo andar, o porteiro rende um vigilante. Em seguida, mais três
agentes, que, a exemplo do primeiro, também estão desarmados.
Rogério prossegue na fuga, sempre segurando a pistola ponto 40,
até chegar à recepção da empresa, no térreo. Lá, ele rende dois clientes
e a única vigilante que estava armada. Depois de tomar o revólver, que
estava com a guarda, o porteiro chega até o portão e foge.
Como a saída estava trancada, Rogério Honorato ainda retornou até
a recepção, que, àquela altura, estava vazia. Lá, apertou um botão para
destrancar o portão. Finalmente, desceu e teve acesso à rua, onde foi
visto pela última vez levando uma mochila utilizada para guardar duas
armas.
Segundo o delegado Giniton Lages, testemunhas relataram ter
ouvido o porteiro gritar, após os tiros, a frase: “Perdeu, perdeu! Tá
pensando que pode falar assim com bandido?”
Rogério não tem autorização para andar armado. Ele foi admitido
na Arjo no dia 3 de agosto de 2012, e mora no Complexo do Alemão. O
porteiro prestava serviços no hospital, sem portar armas, aos domingos,
segundas, quartas e sexta-feiras.
Segundo a polícia, o supervisor assassinado havia recebido
informações de que o porteiro estava envolvido em um assalto à cantina
do hospital, no dia 27 de março.
Fonte:MEIO NORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário