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segunda-feira, 25 de julho de 2016

QUIXADÁ - Ceará tem 20 açudes secos e 44 em volume morto; Cedro, de Quixadá, está na lista

Quixadá. Consequência de um 2016 com chuvas abaixo da média histórica e do quinto ano seguido de seca, o Ceará tem 20 açudes secos e outros 44 em volume morto. Os dados são Da Companhia Cearense de Gestão e Recursos Hídricos (Cogerh). Um dos vitimados pela
preocupante situação é o centenário Cedro, deste Município do Sertão Central. A cota atual do reservatório é de 0,31%.
Sendo a primeira grande obra hídrica do País e tido como um dos cartões postais de Quixadá, o Cedro, inserido na Bacia do Banabuiú, entrou para a cota do volume morto há um mês. No último dia 27 de junho, quando passou a elencar a lista de açudes nesta situação, o reservatório tinha 0,38% de água armazenada. De lá para cá ele perdeu um por cento, em média, a cada quatro dias. Até a última sexta-feira (22), o açude tinha apenas 0,31% de sua capacidade, conforme dados do Portal Hidrológico do Ceará.
De acordo com o gerente regional da Bacia do Banabuiú, Luis César Pimentel, a situação é a pior dos últimos 15 anos. “Nós tivemos em 2001 uma situação parecida com a que estamos vivenciando agora. Depois, em 2007 e 2008, também foi um período ruim, embora não tanto como naquele ano, mas logo em seguida houveram chuvas que logo mudaram o cenário”, disse. Luis Cesar acredita que a seca e a consequente falta de aporte, foram determinantes para deixar o açude na atual situação. Ele ressalta ainda que o reservatório ainda chegou a tomar água este ano, mas o volume foi insignificante. Em 1º de janeiro o Cedro contava com 0,55% de sua capacidade.
Em meio a reservatórios que só secam e não registram aportes, saber como continuar garantindo água virou uma questão preocupante. Desde o final de junho último, a Cogerh já realizou cerca sete reuniões para definir questões como alocação negociada de águas. Os encontros aconteceram em Crateús, Alto Santo, Itapajé, Miraíma, Irauçuba, Trairí e Iraçema. O órgão também tem discutido soluções nas cidades em que os reservatórios já não são mais suficientes para atender a demanda do abastecimento humano.

POSTADA POR GOMES SILVEIRA 
COM INFORMAÇÕES DO DN
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