A insistência do presidente do Senado, Renan Calheiros, em manter um confronto com o Judiciário foi interpretada por aliados e até mesmo por integrantes do Palácio do Planalto como um gesto de "desespero".
Esses mesmos interlocutores traçam um paralelo entre a reação de Renan e a do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que, acuado pelas investigações da Operação Lava Jato, foi para o confronto direto com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Aliados temem que Renan siga o mesmo roteiro. A avaliação era que, nesta quarta-feira (26), ele fizesse um gesto de conciliação, o que não aconteceu.
Na avaliação desses interlocutores, Renan Calheiros ficou emocionalmente desestabilizado depois que a ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, marcou para a próxima semana o julgamento que decidirá se réus em processos judiciais podem ocupar cargos que estejam na linha sucessória da Presidência da República.
Presidente do Senado e segundo na linha sucessória, Renan Calheiros não é réu, mas é investigado no STF em 11 inquéritos, dos quais oito da Operação Lava Jato.
COM INFORMAÇÕES G1
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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