O deputado João Jaime (DEM) rebateu ontem tese de que ele teria agido como “traidor” em eleição para presidência da Assembleia Legislativa na semana passada. Afirmando que a colocação é “totalmente errada”, Jaime destaca que, na verdade, foi, desde o início, um dos principais articuladores da reeleição de Zezinho Albuquerque (PDT) na Casa.
João Jaime, no entanto, rejeitou que isso tenha acontecido. “Fui um dos primeiros a assinar apoio ao Zezinho. Assinei a chapa e votei nela, inclusive fazendo parte dela”, disse.
Ele destaca que também apoiou a chapa de Albuquerque na legislatura passada, quando o pedetista foi eleito para segundo mandato no comando da Assembleia.
“Meu partido, em momento algum, declarou apoio a qualquer candidato senão o candidato Zezinho Albuquerque”, afirma o deputado. “Não se trata de traição, fui um dos primeiros a assinar apoio (…) trair é quem está, ou ele ou o seu partido, comprometido com alguém e, de última hora, muda o seu voto. Não foi o meu caso. Eu poderia ser considerado traidor se não tivesse votado no Zezinho, o que não aconteceu”, respondeu Jaime.
A sessão de ontem na AL-CE foi conturbada. Além de acusarem deputados de venderem votos por cargos, alguns parlamentares falaram que houve interferência dos outros Poderes na eleição.
Dra. Silvana (PMDB) disse que o Governo do Estado interferiu no processo eleitoral, enquanto Ely Aguiar acusou o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos Filho, de tentar mudar seu voto através de uma ligação, momentos antes. (Carlos Mazza)
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Apesar da divisão no seu partido, com a possibilidade de racha com o próprio líder, Danniel Oliveira (PMDB) acredita que “a oposição sairá fortalecida”. “Nós vamos aumentar muito. A saída do bloco do PMB e do PSD, a saída do próprio Sérgio Aguiar, isso nos dá um oxigênio muito grande, porque são deputados que são fortes, que conhecem a base”, afirmou.
Líder do Governo na AL-CE, o deputado Evandro Leitão (PDT) discorda que a oposição sai fortalecida nesse processo. De acordo com ele, a perda de parlamentares pela base será pequena. Além disso, Leitão duvida de que Sérgio Aguiar deixará o Governo. “Ele falou isso (que ia sair) no calor da emoção. Mas é do interesse de todos que ele permaneça”, disse. O deputado falou ainda que esse trabalho de unificação da base será feito aos poucos. “A gente vai, devagarzinho e com habilidade e respeito, reconstituído a base.”
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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