Eleito presidente do Senado para o próximo biênio 2017-2018, Eunício Oliveira (PMDB)
prometeu independência em relação ao Executivo, afirmou que o ano será de intenso debate nas matérias votadas na Casa e adiantou que “reformas precisam ser atualizadas” ao ser questionado sobre projeto de reforma da previdência.
O presidente prometeu ainda diálogo e aproximação da Casa com a sociedade, além de respeitar as lideranças das bancadas para colocar assuntos na pauta do Senado. “Tanto a reforma da previdência como outras reformas terão um debate intenso no ano de 2017. Reformas precisam ser atualizadas”, defendeu.
Eunício é o primeiro cearense a ser eleito presidente do Congresso Nacional desde o ex-senador Mauro Benevides, na eleição de 1991. O cargo nessa legislatura é o segundo na linha sucessória presidencial.
O clima de “já ganhou” dominou ontem o dia da votação no Senado. As últimas movimentações nos corredores do Congresso tentavam, exclusivamente, encaixar os nomes para os cargos da Mesa Diretora, respeitando a proporcionalidade das bancadas.
Questionado, por volta do meio-dia de ontem pelo O POVO, se estaria garantido na primeira secretaria da Mesa, conforme se desenhava a tendência do partido, o senador José Pimentel (PT) preferiu não cantar vitória antes do tempo. “Estou registrado”, respondeu.
Ao longo do dia, as notícias só melhoravam a situação de Eunício na disputa, então favorito a vencer a eleição contra o senador José Medeiros (PSD-MT). Ferrenho crítico da gestão Michel Temer, Roberto Requião (PMDB-PR) anunciou, de forma surpreendente, voto no correligionário após, segundo ele, a candidatura do cearense acatar diversas exigências dele.
O PT, que decidiu apoiar candidatura de oposição na Câmara dos Deputados, aliviou no Senado e liberou a bancada. A legenda, no entanto, aprovou a composição com a indicação de Pimentel para ocupar a primeira secretaria da Mesa. Nos corredores, reclamações. Lindbergh Farias (PT-RJ) dizia que anularia o voto porque não apoiaria “golpistas”. Adversário de Eunício na eleição, Medeiros chegou a afirmar que poderia ganhar o voto de Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Ela disse que se era pra voltar em golpista, eu era um golpista mais original”, soltou aos risos o parlamentar no plenário da Casa.
A eleição que é secreta acabou não revelando o posicionamento de cada parlamentar. A base governista mostrou, porém, que segue forte no Senado ao eleger um peemedebista com 61 votos, contra apenas 10 de um nome também da base de Temer e 10 votos brancos ou nulos.
*O repórter viajou a convite do senador Eunício Oliveira
Bastidores
Diversas lideranças políticas do Ceará, aliados de Eunício, compareceram à eleição e posse do peemedebista na presidência do Senado. Ex-aliados dos Ferreira Gomes, como Moses Rodrigues (PMDB), Domingos Filho e Domingos Neto (PSD) prestigiaram o evento. Familiares de Eunício também acompanham a sessão. O primeiro cearense que presidiu o Senado, ex-senador Mauro Benevides prestigiou a eleição do correligionário.
Os corredores do Congresso Nacional um grupo de mulheres protestou contra a reforma da previdência que deverá entrar na pauta de votação nas próximas semanas com o retorno dos trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Parte do grupo, que distribui material com críticas à medida, também estava no aeroporto de Brasília no início da manhã recebendo os parlamentares com gritos de “Fora Temer”.
O clima de “já ganhou” deixou os momentos finais do processo morno. Nem apoiadores de Eunício comemoraram de forma enfática a vitória por saber de forma antecipada. Crítica de Temer, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), apesar de não revelar o voto, afirmou momentos antes de comparecer à urna que a composição com o PMDB era o melhor caminho no momento.
Saiba mais
Composição da Mesa biênio 2017-2018
Para a primeira vice-presidência, foi eleito o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O senador João Alberto Souza (PMDB-MA) vai ocupar a segunda vice-presidência. O senador José Pimentel (PT-CE) foi eleito primeiro secretário — cargo considerado importante por lidar com a parte administrativa e com os contratos da Casa. Os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Zezé Perrela (PMDB-MG) ficaram com a segunda, terceira e quarta secretarias, respectivamente.
Na mesma votação, foram eleitos os secretários suplentes. Os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE), Sérgio Petecão (PSD-AC), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Cidinho Santos (PR-MT) ocuparão as suplências da primeira à quarta secretaria.
COM INFORMAÇÕES O POVO
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
Eleito presidente do Senado para o próximo biênio 2017-2018, Eunício Oliveira (PMDB)
O presidente prometeu ainda diálogo e aproximação da Casa com a sociedade, além de respeitar as lideranças das bancadas para colocar assuntos na pauta do Senado. “Tanto a reforma da previdência como outras reformas terão um debate intenso no ano de 2017. Reformas precisam ser atualizadas”, defendeu.
Eunício é o primeiro cearense a ser eleito presidente do Congresso Nacional desde o ex-senador Mauro Benevides, na eleição de 1991. O cargo nessa legislatura é o segundo na linha sucessória presidencial.
O clima de “já ganhou” dominou ontem o dia da votação no Senado. As últimas movimentações nos corredores do Congresso tentavam, exclusivamente, encaixar os nomes para os cargos da Mesa Diretora, respeitando a proporcionalidade das bancadas.
Questionado, por volta do meio-dia de ontem pelo O POVO, se estaria garantido na primeira secretaria da Mesa, conforme se desenhava a tendência do partido, o senador José Pimentel (PT) preferiu não cantar vitória antes do tempo. “Estou registrado”, respondeu.
Ao longo do dia, as notícias só melhoravam a situação de Eunício na disputa, então favorito a vencer a eleição contra o senador José Medeiros (PSD-MT). Ferrenho crítico da gestão Michel Temer, Roberto Requião (PMDB-PR) anunciou, de forma surpreendente, voto no correligionário após, segundo ele, a candidatura do cearense acatar diversas exigências dele.
O PT, que decidiu apoiar candidatura de oposição na Câmara dos Deputados, aliviou no Senado e liberou a bancada. A legenda, no entanto, aprovou a composição com a indicação de Pimentel para ocupar a primeira secretaria da Mesa. Nos corredores, reclamações. Lindbergh Farias (PT-RJ) dizia que anularia o voto porque não apoiaria “golpistas”. Adversário de Eunício na eleição, Medeiros chegou a afirmar que poderia ganhar o voto de Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Ela disse que se era pra voltar em golpista, eu era um golpista mais original”, soltou aos risos o parlamentar no plenário da Casa.
A eleição que é secreta acabou não revelando o posicionamento de cada parlamentar. A base governista mostrou, porém, que segue forte no Senado ao eleger um peemedebista com 61 votos, contra apenas 10 de um nome também da base de Temer e 10 votos brancos ou nulos.
*O repórter viajou a convite do senador Eunício Oliveira
Bastidores
Diversas lideranças políticas do Ceará, aliados de Eunício, compareceram à eleição e posse do peemedebista na presidência do Senado. Ex-aliados dos Ferreira Gomes, como Moses Rodrigues (PMDB), Domingos Filho e Domingos Neto (PSD) prestigiaram o evento. Familiares de Eunício também acompanham a sessão. O primeiro cearense que presidiu o Senado, ex-senador Mauro Benevides prestigiou a eleição do correligionário.
Os corredores do Congresso Nacional um grupo de mulheres protestou contra a reforma da previdência que deverá entrar na pauta de votação nas próximas semanas com o retorno dos trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Parte do grupo, que distribui material com críticas à medida, também estava no aeroporto de Brasília no início da manhã recebendo os parlamentares com gritos de “Fora Temer”.
O clima de “já ganhou” deixou os momentos finais do processo morno. Nem apoiadores de Eunício comemoraram de forma enfática a vitória por saber de forma antecipada. Crítica de Temer, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), apesar de não revelar o voto, afirmou momentos antes de comparecer à urna que a composição com o PMDB era o melhor caminho no momento.
Saiba mais
Composição da Mesa biênio 2017-2018
Para a primeira vice-presidência, foi eleito o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). O senador João Alberto Souza (PMDB-MA) vai ocupar a segunda vice-presidência. O senador José Pimentel (PT-CE) foi eleito primeiro secretário — cargo considerado importante por lidar com a parte administrativa e com os contratos da Casa. Os senadores Gladson Cameli (PP-AC), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Zezé Perrela (PMDB-MG) ficaram com a segunda, terceira e quarta secretarias, respectivamente.
Na mesma votação, foram eleitos os secretários suplentes. Os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE), Sérgio Petecão (PSD-AC), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Cidinho Santos (PR-MT) ocuparão as suplências da primeira à quarta secretaria.
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