quinta-feira, 9 de março de 2017

POLITICA - Decisão do Supremo pressiona políticos

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar denúncia que
coloca sob suspeita doação legal de campanha para o senador Valdir Raupp (PMDB) em 2010, políticos da base e da oposição falam em se unir para “salvar a política” brasileira. Vários parlamentares enfrentam situação similar à de Raupp, em que delatores afirmam que doações de campanha eram negociadas entre políticos e empresas.

Sobre o assunto

Na última terça, 7, o senador Aécio Neves (PSBD) questionou se a classe política iria se “autoexterminar”. Citado na Lava Jato e presente na lista da Odebrecht como “Mineirinho”, ele apontou que os parlamentares estavam no “mesmo bolo” no qual não se distinguem os níveis de infração (entre caixa 2 e enriquecimento ilícito, por exemplo).

“Todo mundo vai ficar no mesmo bolo e abriremos espaço para um salvador da pátria? Não, é preciso salvar a política. Não podemos deixar que tudo se misture”, teria dito o senador tucano. “Um cara que ganhou dinheiro na Petrobras não pode ser considerado a mesma coisa que aquele que ganhou cem pratas para se eleger”, completou.

Para o deputado José Guimarães (PT), ex-líder de Dilma Rousseff na Câmara, a política deve ser preservada para garantir o futuro do Brasil. O petista concordou com o adversário Fernando Henrique Cardoso, para quem, em defesa de Aécio, há uma distinção entre crimes de enriquecimento pessoal e caixa 2.

“Temos que mudar as regras, fazer alguma coisa. Do jeito que está não se salva ninguém. Acho que algumas figuras da República poderiam sentar com FHC (Fernando Henrique Cardoso) e Lula para discutir uma saída”, propôs o deputado.

O atual líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), considerou que a posição dos ministros do STF sobre Raupp praticamente “criminaliza” as doações legais. “Consideramos que foi um equívoco do STF. É muito grave essa posição do STF”, afirmou.

Para o deputado Danilo Forte (PSB), nem todos podem ser punidos por recebimento de dinheiro de propina repassado por partido. Segundo ele, deve haver separação. “A levar dessa maneira, vamos ter um politicídio, vai ser uma mortandade de todo o segmento da política brasileira. Todos eram financiados pelas empresas, todas participam desse jogo, eram os mesmo patrocinadores. Vai condenar todo mundo? Não tem como. Uma coisa é o cara que operou, montou esquema, outra é quem, de boa fé, participou de campanha”, argumentou.
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POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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