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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lula diz que “nunca houve a intenção de adquirir triplex”

Em interrogatório de quase cinco horas ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que nunca houve intenção de adquirir um triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, em São Paulo.
Lula contou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia comprou uma cota da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) – que era dona do prédio – de um apartamento simples.

Questionado por Moro se havia intenção desde o início de adquirir um triplex no empreendimento, Lula respondeu: “Não havia no início e não havia no fim. Nunca houve a intenção de adquirir um triplex”.
Esta foi a primeira vez que Lula prestou depoimento a Moro. O ex-presidente é réu na ação em que é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O Ministério Público Federal alega que os valores foram repassados a Lula por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula, como presentes recebidos no período em que era presidente. O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula nega as acusações.
No início do depoimento, Moro afirmou a Lula que ele seria tratado com respeito e qualquer decisão será tomada apenas ao final do processo. “Eu queria deixar claro em que pesem algumas alegações nesse sentido, da minha parte eu não tenho qualquer desavença pessoal em relação ao senhor ex-presidente. O que vai determinar o resultado desse processo no final deste processo são as provas que vão ser colecionadas e a lei. E vamos deixar claro que quem faz a acusação neste processo é o Ministério Público e não o juiz.
Eu estou aqui para ouvi-lo e para proferir um julgamento ao final do processo”. Em depoimentos de outras pessoas no processo,foram registrados desentendimentos entre o juiz e a defesa do ex-presidente.
Moro também comentou dos boatos de uma eventual prisão de Lula durante depoimento. “São boatos que não tem qualquer fundamento. Imagino que seus advogados já tenham lhe alertado que não haveria essa possibilidade. E para deixá-lo tranquilo lhe asseguro de pronto e expressamente que isso não vai acontecer.” E Lula afirmou: “Eu já tinha consciência disso.”

O depoimento começou com perguntas do juiz, seguido da assistência da acusação e dos procuradores do Ministério Público Federal. Em seguida, houve um intervalo. O interrogatório foi retomado e Moro voltou a fazer perguntas. Depois, os advogados de Lula apresentaram alguns questionamentos. E por último, o ex-presidente fez suas alegações finais. Após depor, o ex-presidente participou de ato na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, onde estavam concentrados manifestantes que apoiam Lula.
O depoimento de Lula começou por volta das 14h15. Usando uma gravata com as cores da bandeira do Brasil, o ex-presidente entrou no prédio da Justiça Federal acompanhado de seu advogado Cristiano Zanin. Manifestantes favoráveis e políticos aliados acompanharam Lula até o prédio. Entre os aliados que foram até Curitiba para apoiá-lo, estava a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Segurança
O depoimento ocorreu sob forte esquema de segurança na área externa do prédio. Cerca de 3 mil profissionais de segurança pública das esferas federal, estadual e municipal foram mobilizados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, desse total, cerca de 1,7 mil são policiais militares que atuam em Curitiba.

Durante todo o dia, centenas de policiais militares fizeram um bloqueio em um perímetro de 150 metros ao redor do prédio da Justiça Federal. Agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal cuidaram do isolamento do próprio prédio. Os profissionais também acompanharam os atos a favor e contra Lula e fizeram a escolta do carro do ex-presidente.
Manifestantes contra e a favor de Lula realizaram atos em pontos diferentes da capital paranaense. De acordo com o governo estadual, cerca de 6 mil manifestantes que apoiam Lula foram a Curitiba para acompanhar o interrogatório. Ao todo, foram 128 ônibus vindos de vários estados do país. Grupos contrários ao ex-presidente também foram para a cidade, mas a Polícia Militar informou que não recebeu notificações de ônibus fretados por eles.
Se tiver cometido erro, antes quero ser julgado pelo povo, diz petista a militantes
Em discurso a militantes após cerca de cinco horas de depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está “vivo e preparado para ser candidato”.
“Se um dia eu tiver cometido um erro, não quero ser julgado apenas pela Justiça, mas antes pelo povo brasileiro.”
O petista falou a uma plateia de cerca de 5.000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar do Paraná, na praça Santos Andrade, em Curitiba.
Reuniu no palco ao seu lado parlamentares e dirigentes petistas, líderes de movimentos sociais e sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rouseff.
Alternando momentos bem humorados e trechos em que se mostrou comovido, disse que quer ser “julgado por provas, não por interpretações”.
“Hoje pensei que meus acusadores iam mostrar um documento, um inventário…”, afirmou.

Ele voltou a dizer que não há provas contra ele na acusação de que a OAS tenha sido beneficiada em contratos com a Petrobras em troca de vantagens indevidas, como o oferecimento de um tríplex em Guarujá, no litoral paulista.
Disse também que tem sido “perseguido e massacrado”. “Haverá o momento em que a história irá mostrar que nunca antes na história deste Brasil alguém foi tão perseguido e massacrado quanto nos últimos anos.”

Em provocação a Moro, disse que preferia que a audiência tivesse sido transmitida ao vivo e citou uma frase que atribuiu a sua mãe: “Lula, a gente sabe quando alguém está falando a verdade não é pela boca, mas pelos olhos”
Falando antes dele, Dilma atacou o processo de impeachment e a gestão de seu sucessor, o presidente Michel Temer.
“Esse país não vai continuar por esse caminho de golpe atrás de golpe. O primeiro com meu impeachment”, diz, sobre o que considerou “novos golpes”: as propostas de emenda à Constituição para instituir o teto de gastos e as mudanças na Previdência, além da reforma trabalhista.

Educação
O ex-presidente Lula já tinha deixado o palco quando decidiu voltar para anunciar que Ana Júlia Ribeiro, aluna que liderou o movimento estudantil na ocupação de escolas paranaenses em 2016, se filiaria só PT.
Lula contou que recebeu um telefonema dizendo “que uma tal de Ana Júlia queria falar” com ele.
Era a menina “que deu um show” ao discursar na Assembleia Legislativa do Estado, para defender sua causa.
“A nossa única bandeira é a educação. Somos um movimento apartidário, dos estudantes pelos estudantes”, disse ela então, aos 16 anos.
Lula anunciou que, “em resposta ao que fizeram” a ele, Ana Júlia decidiu entrar no partido. O ex-presidente já havia telefonado para a estudante antes.


FONTE - O ESTADO
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JORNAL CENTRAL  QUIXADÁ WAT SAPP 88 - 9 - 96331144
POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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