terça-feira, 27 de junho de 2017

Após FHC, Lula defende que Temer peça antecipação às eleições

O clima de instabilidade política levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a sugerir, nesta terça-feira, 27, que o presidente
Michel Temer (PMDB), denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por corrupção passiva, renuncie e peça a antecipação das eleições presidenciais diretas imediatamente. A mesma proposta foi feita pelo ex-presidente FHC que pediu um gesto de bom senso do presidente Michel Temer.
Segundo Lula, Temer deve ou não tomar essa decisão a “depen
der da pressão” da sociedade. “O ideal seria um processo mais tranqüilo e que o próprio Temer pudesse pedir a antecipação das eleições e a gente pudesse escolher, antes de outubro de 2018, um novo presidente da República, um novo Congresso Nacional”, expôs Lula, em entrevista à Rádio Itatiaia de Minas Gerais. “Eu defendo as diretas imediatamente.”
Alvo da Operação Java Lato e réu em cinco ações penais por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça, Lula afirmou que é preciso investigar o que há contra o presidente para “saber se são verídicas as denúncias”. “O Temer pode cair, mas um processo qualquer que aconteça contra um presidente ou contra qualquer ser humano precisa ser investigado”, disse à rádio. “Se tiver provas concretas, efetivamente o Temer não tem como continuar.
Lula disse, ainda, que não se arrepende de ter feito aliança com o PMDB enquanto estava na Presidência. “No momento, era extremamente necessário e eu não tinha bola de cristal para saber que o Temer ia dar golpe na Dilma e ajudar a fazer o impeachment.”
Palocci. No dia seguinte à condenação do ex-ministro de seu governo, Antonio Palocci, pelo juiz federal Sérgio Moro, Lula falou brevemente sobre a sentença. “O Palocci foi condenado ontem, não tem nenhuma prova a não ser a delação. Fica palavra contra palavra e a pessoa não pode ser condenada por isso”, criticou. “A delação não pode ser avacalhada”.
Quanto ao desdobramentos dos processos, Lula aguarda, agora, a sentença de Moro relacionada ao triplex no Guarujá, mas negou qualquer fato ilícito e voltou a falar que os procuradores da Lava Jato não apresentaram provas que pudessem condená-lo. Segundo o petista, “estamos vivendo quase que um Estado policial”, mesma expressão usada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, na semana passada.
“As pessoas não tem que ter prova, as pessoas são grampeadas, as pessoas são ouvidas. Até um presidente da República foi grampeado e gravado da forma mais ilegal possível”, disse. Sem se alongar na crítica, Lula não especificou se falava da gravação entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS, ou se fazia referência à conversa entre ele e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), gravada no ano passado pela Operação Lava Jato e divulgada por Moro.
PESQUISA DO DATAFOLHA
O ex-presidente comentou o levantamento feito pelo instituto Datafolha e divulgado nesta segunda-feira, 26, em que ele aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para 2018. Repetiu que, “se for necessário, será candidato” e disse que, neste cenário, “a possibilidade de ganhar as eleições é muito grande”.
O petista disse, ainda, que acha que outros nomes da esquerda vão aparecer, sem citar diretamente nenhum presidenciável, e afirmou que o processo de campanha vai fazer com que os candidatos cresçam.


FONTE - CEARÁ AGORA
FONE: 34121595 FIXO - (88) 9-92026830 CLARO (88)9 -98602540  TIM
JORNAL CENTRAL  QUIXADÁ WAT SAPP 88 - 9 - 96331144
POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

Nenhum comentário:

Postar um comentário