sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Por que PSDB ficar em cima do muro afeta as chances do partido em 2018

Foram 21 votos a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer e 22 para barrar as investigações. A bancada do PSDB mostrou, em números, o racha dentro do partido que conta com quatro ministérios.

Segunda maior sigla da base, o PSDB foi a legenda aliada que deu, proporcionalmente, mais votos contrários a Temer. Ao orientar o voto, o líder, Ricardo Tripoli (SP), liberou os correligionários, mas afirmou que votaria contra o governo.
Os brasileiros estão cansados de tanta suspeita sobre seus representantes. E não permitir que os indícios sequer sejam investigados – e aqui falo por mim e por parte expressiva da bancada tucana – é um desserviço ao País.
O tucano disse ainda que "blindar a presidência da República das investigações só contribui para aumentar a descrença na política e para desmoralizar o Parlamento". O prosseguimento da denúncia foi rejeitado por 263 deputados.
Apesar das críticas de parte da legenda, outra ala do partido continua ao lado do peemedebista. Dois ministros tucanos: Bruno Araújo (Cidades) e Antônio Imbassahy(Secretaria de Governo) chegaram a se licenciar dos cargos nesta quarta-feira (2) para voltarem aos postos de deputados federais e votarem a favor de Temer.
A presença do PSDB na Esplanada, apesar da infidelidade, provocou descontentamentamento nos partidos do centrão, como PR, PP, PSD e PRB, que brigam por mais espaço dentro do governo. Eles pressionam para conquistar o Ministério das Cidades, por exemplo, considerado forte devido ao fato de suas ações alcançarem diferentes redutos eleitorais.
Aliados de Temer, contudo, não têm falado em retaliação, de olho no apoio do partido nas votações de medidas econômicas, como a reforma da Previdência. O governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição parada desde maio.
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo precisa reorganizar sua base na Casa e que o PSDB "é muito importante". A legenda já deixou claro que apoia as reformas.
Na avaliação de Rafael Cortez, analista político da Consultoria Tendências, esses motivos levam a crer que Temer irá manter os cargos do PSDB. "O PSDB, em boa medida, está rachado em função da posição do partido. A origem é interna, da própria legenda, que tem dificuldade de construir um plano para 2018", afirmou ao HuffPost Brasil.

Sem presidente nem candidato

Presidente licenciado do partido desde a delação da JBS, o senador Aécio Neves (MG) anunciou nesta quinta que o senador Tasso Jereissati (CE) continuará como presidente em exercício da legenda até uma "renovação da direção nacional" até o fim do ano.
O novo comando da legenda será o responsável por conduzir a escolha do candidato à Presidência da República em 2018, posto disputado entre o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, e seu afilhado político, o prefeito da capital, João Doria.
De acordo com calendário divulgado por Aécio, as prévias serão feitas em fevereiro ou março. Devido às regras eleitorais, prefeitos e governadores precisam deixar os cargos seis meses antes do pleito que pretendem disputar, no caso, em abril.
Cortez destaca que a sigla costuma demorar a definir o candidato, ao contrário do PT, e que a demora dificulta a fortalecer a candidatura. "Seria importante escolher antes para construção de um nome da corrida eleitoral", afirmou.
Para o especialista, Alckmin ainda é o mais competitivo em função da história dentro do partido e da ligação com diferentes legendas, o que permite um capacidade de aglutinação política maior.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em junho, o governador tem 8% das intenções de voto, enquanto o prefeito atingiu 10%.

Crescimento do DEM

A falta de uma liderança, junto com uma maior competitividade dentro da centro-direita são outros fatores que podem prejudicar a legenda em 2018. A ascenção do DEM, especialmente de Rodrigo Maia, é uma expressão do que a "falta de posicionamento dos tucanos e também do desgaste da Lava Jato fez no destino eleitoral do partido", segundo Cortez.
Os democratas trabalham para ampliar a bancada na Câmara, hoje com 31 integrantes, e estudam mudar o nome da legenda, a fim de atrair novos apoios.
Um governo de Maia - caso Temer seja derrubado por uma próxima denúncia - também dificultaria o cenário tucano nas urnas. Para o partido, a manutenção do PMDB é mais vantajosa, já que o presidente não representa uma ameaça na disputa pelo Planalto em 2018.
Além disso, a aliança garantiria mais recursos e tempo de rádio e televisão, fatores decisivos diante do fim do financiamento privado de campanha e com a indefinição de novas regras, uma vez que a reforma eleitoral ainda não foi aprovada pelo Congresso.
Principal fiador da aliança do PSDB com o PMDB em meio ao impeachment de Dilma Rousseff, Aécio afirmou que o placar na denúncia de Temer foi uma "questão circunstancial e efêmera" e que não houve qualquer pressão de instâncias superiores da legenda na hora do voto.
"Aquilo que alguns veem como algo negativo em relação ao partido, que foi o resultado dividido da sua bancada na Câmara dos Deputados, eu vejo como uma grande virtude do PSDB. A questão discutida não é algo programático. Na verdade é uma questão de convicção e consciência onde cada parlamentar a exerceu em plenitude", afirmou o tucano a jornalistas nesta quinta.
acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ser o destinatário final de uma mala com R$ 500.000 de propina paga pela JBS ao ex-assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures." 


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POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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