segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sem unidade, oposição a Camilo vive espécie de 'hiato' na Assembleia

Após assumir o governo ao lado da maior oposição eleita em décadas, Camilo Santana (PT) pode chegar ao último ano de gestão
com bancada opositora ainda menor que a de Cid Gomes (PDT). Atraindo antigos críticos para a máquina e com disposição para concessões maior que a do antecessor, o petista tem hoje oposição em “hiato”, sem unidade nem clareza sobre sua postura em 2018.
O cenário, que vem se intensificando desde eleições municipais do ano passado, teve contornos mais claros na votação das últimas contas do governo, em setembro. Com oposição dispersa e amplamente ausente, a ação passou com tranquilidade e apenas três votos contrários – situação bem diferente da dos últimos anos, quando chegava a quase dez votos.
“Difícil falar alguma coisa agora, assim indefinido. Você esculhamba, fala de tudo no mundo, aí depois muda tudo e você fica em uma situação delicada, queimado com todo mundo”, disse um oposicionista, sob condição de anonimato.O contexto é comentário geral nos bastidores da Assembleia. Para deputados, situação ocorre sobretudo por conta dos rumores de uma possível reaproximação entre Camilo e Eunício Oliveira (PMDB) para 2018. Apesar de não fechada de fato, possibilidade “no ar” de aliança tem acanhado a oposição, que evita desagradar lideranças dos dois lados.
Dois estilos
A diferença entre Cid e Camilo remonta também aos estilos entre os dois governos. Em seus oito anos de mandato, o ex-governador convidou os mais diversos partidos para a gestão, chegando a manter PT e PSDB no mesmo secretariado. Quem não “sentava à mesa”, no entanto, era tratado a “pão e água” e com embates diretos

Saiba mais
Apesar de garantir maior tranquilidade na Assembleia e maiores ganhos em possível montagem de arco de aliança para 2018, postura “conciliadora” de Camilo – que tem desde secretário tucano até afagos com Tasso Jereissati (PSDB) – tem lhe rendido críticas da militância petista e até de segmentos do partido.
Em eventos do partido, o governador tem sido constantemente constrangido, com presença de militantes cobrando postura mais clara sobre apoio a Lula em 2018 e críticas mais firmes a setores do PSDB e PMDB no Estado.
Já na Assembleia, deputados petistas como Elmano de Freitas e Moisés Braz tem criticado possibilidade de aliança lançando Eunício à reeleição no Senado. “O Eunício estava do lado, e acho que ainda está, do setor que arquitetou e deu o golpe na presidenta Dilma. Então não acho que tenha que ter essa aproximação, inclusive porque o PT deve continuar indicando nome para o Senado”, diz Moisés.

CARLOS MAZZA


FONTE:O POVO

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JORNAL CENTRAL  QUIXADÁ 
POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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