O primeiro senador cassado depois da
promulgação da Constituição de 1988 foi Luiz Estevão (PMDB-DF). Ele
perdeu o mandato em 2000 por suspeita de desvio de R$ 169 milhões da
obra do TRT de São Paulo
Situação de Demóstenes Torres se complica a cada dia e mesmo que consiga permanecer no Senado, perdeu a força que tinha
Caso resolva enfrentar um processo
de julgamento pelo Senado e venha a ser cassado, Demóstenes Torres (sem
partido-GO) será o segundo senador a perder o mandato por quebra de
decoro desde a aprovação da Constituição de 1988. O primeiro foi Luiz
Estevão (PMDB-DF), cassado em 2000 por suspeita de desvio de R$ 169
milhões da obra do TRT de São Paulo.
Se renunciar ao
mandato para fugir do processo de cassação, Demóstenes vai engrossar uma
lista de quatro senadores que fizeram o mesmo: Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), José Roberto Arruda (PSDB-DF), Jáder Barbalho (PMDB-PA) e
Joaquim Roriz (PSC-DF).
ACM e Arruda foram processados porque
resolveram espionar o painel da votação secreta que decretou a perda de
mandato de Estevão, o que foi considerado falta de decoro. Jáder, por
envolvimento em irregularidades no Banco do Pará, quando governador, e
na troca de Títulos da Dívida Agrária, quando ministro da Reforma
Agrária. Roriz, por receber R$ 3 milhões de um empresário de Brasília e
não dar explicações convincentes.
Sem a hoje vigente Lei da
Ficha Limpa - que pune com a perda dos direitos políticos quem renuncia
para fugir de processo -, ACM pôde candidatar-se e voltar ao Senado.
Jáder e Arruda optaram pela Câmara, uma eleição mais fácil.
Arruda
foi eleito em seguida governador do DF. Mas em 2009 envolveu-se em
grande escândalo - o “mensalão do DEM” -, foi preso e cassado pela
Justiça Eleitoral. Roriz já foi alcançado pela Ficha Limpa. Por ter
renunciado cinco meses depois da posse, em 2007, ele ficou inelegível
até 2023, quando estará com 86 anos. Se for cassado ou optar pela
renúncia, Demóstenes ficará inelegível até 2027. Estará com 66 anos -
idade em que, se não tiver problemas de saúde, poderá retomar a atuação
política e tentar novo cargo eletivo. Resta saber se terá votos para a
empreitada.
O caso mais rumoroso de cassação de mandato na
política brasileira foi o do então presidente Fernando Collor, em
dezembro de 1992. Com autorização da Câmara, e sob o comando do então
presidente do Supremo Tribunal Federal Sydney Sanches, os senadores
transformaram-se em juízes para julgar o presidente. Foi um processo
histórico, cuja decisão tirou de Collor o mandato e os direitos
políticos por oito anos.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Se
renunciar ao mandato para fugir do processo de cassação, Demóstenes
vai engrossar uma lista de quatro senadores que fizeram o mesmo:
Antonio Carlos Magalhães, José Roberto Arruda, Jáder Barbalho e Joaquim
Roriz.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo
Que ele pague por seus erros. Por culpa ele Arruda saiu do GDF!!!
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