domingo, 4 de junho de 2017

Rocha Loures. Prisão de ex-assessor aumenta riscos de queda de Michel Temer

O ex-deputado federal e ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB)
Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi preso na manhã de ontem, em Brasília, por decisão do ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão aconteceu a três dias do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar a chapa Dilma-Temer de 2014, levando o País a novas eleições.
Loures foi flagrado, em abril deste ano, com uma mala contendo R$ 500 mil em propinas da JBS. A prisão aconteceu dois dias após ele perder o foro privilegiado pela volta de Osmar Serraglio (PMDB-PR) à Câmara.
Apesar de já esperada pelo meio político, a prisão gera mais pressão sobre o presidente. Isso porque, além do julgamento já marcado para a próxima terça-feira, 6, Temer pode virar réu se Rodrigo Janot, procurador-geral da República, decidir denunciá-lo a partir de relação com o assessor.
Se isso acontecer, o presidente precisa de pelo menos 220 votos na Câmara dos Deputados para evitar que denuncia siga adiante. O número já está sendo articulado por ele, que reúne-se neste fim de semana com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) para evitar debandada dos tucanos da base.
Para o cientista político Paulo Baía da UFRJ, a prisão não afetaria resultado do julgamento no TSE, mas, em contrapartida, pode ser determinante para que Temer vire réu. “Tudo indica que a PGR vai avançar em uma denúncia contra o Temer nos próximos dias. A PGR é a preocupação principal do Temer agora”, avalia.
Ao requerer a prisão de Loures, Janot atribuiu a ele o papel de “homem de total confiança” do presidente. Segundo Janot, o ex-assessor é “um verdadeiro longa manus de Temer” – termo comumente usado na relação hierárquica de organização criminosa. Prisão
Para Fachin, Rocha Loures teve conduta “gravíssima” e sua liberdade representaria “um risco para a investigação”. Ao decretar detenção do ex-assessor, o ministro afirmou que “o agente aqui envolvido teria encontrado lassidão em seus freios inibitórios e prosseguiria aprofundando métodos nefastos de autofinanciamento em troca de algo que não lhe pertence, que é o patrimônio público”. (Com agências de notícias) 
Saiba mais
Responsável pela defesa de Rocha Loures, o advogado Cezar Roberto Bitencourt avalia que ele foi “preso para delatar”. Segundo o advogado, há uma tentativa de forçar o peemedebista a colaborar, mas a previsão é de que ele se mantenha em silêncio e não opte pelo acordo com o Ministério Público. Temer já declarou que “duvida” que o ex-assessor faça a delação. O líder do PSD na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (PSDB-SP), disse que a prisão já era esperada pelo decorrer dos últimos acontecimentos.
Segundo ele, o episódio não necessariamente vai acelerar um eventual desembarque do PSDB do Governo. “ O PSDB está avaliando dia a dia a evolução desses casos. Até o final da próxima semana vamos avaliar tudo o que aconteceu e vamos definir uma posição”, disse. A prisão de Loures foi comemorada no sexto congresso nacional do PT, que termina neste sábado, em Brasília. Na avaliação dos petistas, a base aliada do Governo vai “ruir” com a provável saída do PSDB da equipe e a crise política tende a se agravar a partir de agora, dando fôlego à campanha por eleições diretas para substituir o presidente.
No evento, o partido rejeitou qualquer apoio a uma eleição indireta e aprovou que nenhuma liderança poderá defender a proposta.

FONTE - O POVO
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POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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