quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Ocupação irregular de espaços públicos já matou pai de família em Quixadá

Acostumados à bagunça e à ausência de autoridade dirigente na cidade, algumas correntes políticas em Quixadá defendem a manutenção do estado de inércia
do poder executivo, que tanto caracterizou a gestão do ex-prefeito João Hudson, na lida com as questões relativas à ocupação por particulares dos espaços públicos.
Na semana passada, por exemplo, dirigentes do PMDB definiram como “perseguição a quem quer trabalhar” a decisão do Departamento Municipal de Trânsito de desautorizar o uso da via pública, por parte de oficinas mecânicas na Rua Tenente Cravo, para atendimento de clientela particular.
Segundo o raciocínio empregado, pessoas trabalham usando aquele espaço público e, caso aquilo seja regulamentado, estas pessoas serão prejudicadas. Isto, primeiramente, prova que a cidade continuaria desorganizada do mesmo jeito caso o PMDB tivesse ganhado as eleições de 2016. Não se teria coragem para organizar o Centro e as demais áreas urbanas, para exigir o cumprimento do Código de Obras e Posturas do município e para fiscalizar as violações dele. Quixadá continuaria um caos.
Seguindo a lógica do PMDB de Quixadá, em nome da necessidade de trabalhar todos poderiam utilizar a cidade como bem entendessem. Pior ainda, ninguém precisaria se preocupar com a segurança alheia, independente do tipo de serviço que realizasse. Esta é, forçosamente, a oferta que fazem com tal tipo de postura: desordem.
Tomem como exemplo as oficinas na Rua Tenente Cravo. Ali, a via pública é usada para atendimento da clientela. Funciona desta forma há muitos anos. O PMDB de Quixadá defende que continue assim. Funcionários das oficinas e os seus proprietários chegaram a ser ouvidos pelos canais usados pelo PMDB para fazer oposição política em Quixadá. Já os moradores no entorno das oficinas, não.
Deveriam os dirigentes do PMDB – e quem mais é contra ações de organização da cidade -, ter ido conversar com os familiares do Senhor José Almeida Oliveira Nobre. Quem é este? Um carpinteiro que morreu no dia 20 de outubro de 2015 quando caminhava pela calçada, ao lado de uma das oficinas da Tenente Cravo, em direção à sua casa. O pneu de um caminhão que estava sendo calibrado numa destas oficinas estourou. O aro saiu voando pela rua e atingiu a vítima, então com 43 anos de idade, na cabeça. O homem teve massa encefálica expulsa do crânio pelos olhos, segundo relato, à época, do repórter Washington Luis. Faleceu instantes depois, deixando familiares em desespero. Um jovem que também estava nas proximidades foi atingido e teve sua mão fraturada.
É a continuidade da possibilidade de isto voltar a acontecer com outras pessoas o que o PMDB quixadaense defende?
Agora leia o relato de uma sobrinha da vítima fatal e conheça o outro lado que – em nome da rinha política com o prefeito Ilário Marques -, algumas pessoas não querem que você conheça:
Relato extraído do Facebook.
‘Colocar ordem é visto como perseguição’, disse bem. “Encontrem um local que não venha a colocar a vida das pessoas em risco”, disse melhor ainda. Sim, este é um princípio básico da civilidade. Talvez seja por isto que, em geral, quem reclama do esforço para organizar aquele espaço não mora perto dele.
Além do mais, é preciso considerar o que diz o Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 179:
Extraído do Código de Trânsito Brasileiro.
Resta, portanto, concluir que as alegações de perseguição são meramente politiqueiras. É lamentável que alguns defendam a manutenção da desordem. Há muito o que se organizar na cidade de Quixadá. O trânsito, por exemplo, é uma de tais coisas. A ocupação da cidade cresceu muito no decorrer dos últimos anos e isto afetou sobremaneira os espaços de livre circulação e vias de tráfego. É certamente um desafio que deve ser enfrentado pela atual gestão. A única certeza é que este desafio não seria encarado de frente por quem, afeito à bagunça, não tem peito para fazer valer a ordem.
EDITORIAL


FONTE:DIÁRIO DE QUIXADÁ

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POSTADA  POR GOMES SILVEIRA

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