quarta-feira, 20 de junho de 2012

CACHOEIRA - Segundo juiz pede para deixar caso


Goiânia O juiz Leão Aparecido Alves se considerou impedido para analisar a Operação Monte Carlo, que investiga a atuação do empresário Carlinhos Cachoeira.

O juiz atua na 11ª Vara Federal de Goiânia (GO) e foi designado para relatar o caso depois que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima pediu afastamento.


Calmon disse que se fosse confirmada a relação de intimidade, o juiz teria que abandonar o caso FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Formalmente, Aparecido Alves alegou motivos de foro íntimo. O magistrado é amigo da família de José Olímpio de Queiroga Neto, um dos presos, acusado de comandar exploração de jogos ilegais no entorno do Distrito Federal.

Queiroga foi padrinho de casamento de Leão, quando o juiz atuava como advogado em Brasília. Mais cedo, a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou que se ficasse comprovada uma relação de intimidade, Leão não poderia ficar responsável pelo caso.

Calmon disse que precisava avaliar o caso, mas disse que "ouviu dizer" que um telefone de Leão havia caído nos grampos.

Apesar de a Monte Carlo estar sob a responsabilidade da 11ª Vara, Leão não atuou no caso. O responsável pela investigação era o juiz substituto Paulo Augusto Moreira Lima, que deixou o caso em 14 de junho. No dia anterior, ele enviou um ofício à corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), pedindo para sair do caso, pois estava sofrendo ameaças. "É de gravidade qualificada. Não se pode ameaçar, do ponto de vista da integridade física, moral ou psicológica, nenhum julgador e sua família. Diante da gravidade incomum dos fatos, a corregedora nacional de Justiça está à frente da apuração dos fatos".

Calmon, por sua vez, afirmou que irá ouvir o juiz sobre as ameaças e que entraria em contato com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). 


Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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