Elmano de Freitas, apesar do desgaste da gestão, até quando era secretário, participava com frequência de inaugurações
Em se tratando de campanhas
eleitorais, ser candidato com apoio das máquinas públicas tem mesmo as
suas delícias e dissabores. Ao mesmo tempo em que para o candidato da
situação o aparato das gestões pode turbinar a sua candidatura, os
opositores têm de correr atrás do prejuízo a fim de minimizar as
desvantagens.
A principal questão levantada por especialistas ouvidos pelo O POVO em
relação aos ônus e bônus que o apoio da máquina administrativa pode
trazer a um candidato, gira em torno da avaliação da atual administração
por parte da população. “Se a gestão estiver bem avaliada, é muito bom
ter o apoio da máquina, mas, caso contrário, a situação muda”, explica o
professor da Universidade de Brasília (UnB) e cientista político,
Leonardo Barreto.
Ele atenta para a definição do que chamam de apoio das máquinas públicas em campanhas eleitorais. “Não é que a pessoa vá saquear o cofre da administração e colocar o dinheiro na campanha. A questão é que o candidato que fez parte da administração, participou de inauguração de obras, teve a oportunidade de visitar beneficiários de projetos e programa sociais, além de aproveitar a situação para dizer que esses benefícios continuarão se ele estiver à frente da administração”, detalha o cientista.
Câmara Municipal
Ademais, o apoio da máquina pública em uma campanha, conforme explica o professor, também passa pelo acesso a emendas na Câmara Municipal. “No caso de vereadores e lideranças, o sujeito pode dizer que é próximo do prefeito e que, por isso, pode dar a garantia de que algumas obras vão sair do papel. Ele passa a ideia de controle sobre recursos públicos, afinal, quem está no governo detém o direcionamento desse fluxo de demandas”.
Por outro lado, se a administração não vai
muito bem, a situação já é outra. Caso os índices de desaprovação da
gestão estejam altos, o “discurso da mudança” passa a ser uma ferramenta
de poder utilizada pelos candidatos de oposição.
“Quem não
pertence ao governo tem a possibilidade de fazer promessas sem muito
constrangimento. Ele tem mais liberdade para criticar, para fazer
cobranças daquilo que e a gestão não fez”, pontua Barreto.
Postada;Gomes Silveira
Fonte:O Povo
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