O advogado Rui Pimenta, que defende
Bruno, aguarda julgamento de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal
Federal (STF) e diz crer na saída do goleiro da prisão, que, assim,
aguardaria o júri popular em liberdade. O ministro Ayres Brito havia
negado a liminar do habeas corpus, em dezembro do ano passado, e agora a
2ª Turma do STF deverá julgar o mérito dele, ainda sem data marcada.
De acordo com o MPF, a defesa de Bruno
alegou ter havido cerceamento de defesa, ofensa ao princípio da
presunção de inocência e que a decisão em manter o goleiro preso não
poderia se ater ao “clamor público”. Bruno está preso há quase dois anos
na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem
(região metropolitana de Belo Horizonte).
A subprocuradora-geral da República
Cláudia Sampaio Marques, responsável pelo documento enviado à 2ª turma
do STF em fevereiro deste ano e divulgado nesta segunda-feira (4) pelo
MPF, afirmou que a prisão preventiva do goleiro é “legítima”.
“Sua extrema periculosidade, denotada no
modus operandi que teria empregado para praticar os vários crimes,
perpetrados com requintes de crueldade e frieza, em verdadeira afronta à
ordem pública e ultraje a vida do ser humano, além do total desrespeito
aos poderes repressivos do Estado”, escreveu no parecer a
subprocuradora.
O juiz Wagner Cavalieri, da Vara de
Execuções Penais de Contagem (MG), havia deferido em 29 de maio deste
ano a progressão de pena para o regime semiaberto e concedeu livramento
condicional ao goleiro pela condenação relativa a lesão corporal,
cárcere privado e constrangimento ilegal de Eliza Samudio.
Bruno havia sido condenado pela Justiça
do Rio de Janeiro em 2010 a quatro anos e seis meses de prisão pelos
crimes que teriam ocorrido em 2009. No entanto, o goleiro permaneceu
preso na Nelson Hungria por conta de mandado de prisão preventiva,
expedido contra ele pelo Tribunal do Júri de Contagem, pela acusação de
homicídio contra Eliza.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Sobral 24 horas
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