sábado, 18 de agosto de 2012

Crise diplomática - Equador faz apelo sobre Assange


Os britânicos insistem que Assange deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crime sexual

Quito A controvérsia entre o Reino Unido e o Equador devido à concessão de asilo político ao australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, levou a reuniões extraordinárias do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para a América (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O governo do Equador, de Rafael Correa, declarou ontem na OEA, em Washington, que pedirá a condenação da Grã-Bretanha pela entidade, por causa das ameaças da polícia metropolitana de Londres de invadir a embaixada equatoriana
O conselho da OEA se reuniu ontem em Washington, nos Estados Unidos, para definir se haverá uma convocação extra dos ministros das Relações Exteriores, no próximo dia 23, como pediu o governo do presidente equatoriano, Rafael Correa. A Alba e a Unasul convocaram reuniões para o fim de semana.

O ministro das Relações Exteriores equatoriano, Ricardo Patiño, pediu à OEA, à Alba e à Unasul uma resposta oficial sobre as ameaças das autoridades britânicas de ocupação da Embaixada do Equador no Reino Unido. Os britânicos insistem que Assange deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de crime sexual.

"Esperamos que a OEA possa dar uma resposta", disse Patiño, que se queixou das ameaças das autoridades britânicas de entrar na embaixada. Na quinta-feira (16), ele anunciou a concessão de asilo político a Assange, que há 59 dias está abrigado na representação diplomática equatoriana em Londres.

Formado em física e matemática pela Universidade de Melbourne, na Austrália, Assange passou a ser conhecido internacionalmente pelo site Wikileaks, que divulgou em detalhes uma série de documentos sigilosos de vários países. O advogado de Assange, Michael Ratner, disse que ele escolheu o Equador para pedir asilo por considerar o país livre de manipulações externas.

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse ontem que o fato de ele ter concedido asilo político ao fundador do website WikiLeaks, Julian Assange, não quer dizer que ele concorda com tudo o que o ativista diz ou faz.

Correa disse que o Equador concedeu asilo porque a Suécia não ofereceria garantias de que não extraditaria Assange aos Estados Unidos.

Assange se refugiou na Embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição à Suécia, onde é procurado porque sofreu acusações de duas mulheres, que o acusaram de estupro. Assange nega as acusações. Correa disse em entrevista ao rádio ontem que é possível que Assange tenha cometido "uma ofensa" mas insiste que ele merece um processo justo.

Correa repetiu o argumento equatoriano, de que Assange poderá sofrer uma condenação à prisão perpétua ou à morte nos EUA. Os partidários de Assange acreditam que o governo americano indiciou secretamente o australiano por ter publicado centenas de milhares de documentos secretos do Departamento de Estado.

Em outra medida, o governo equatoriano declarou ontem na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, que pedirá a condenação da Grã-Bretanha pela entidade, por causa das ameaças da polícia metropolitana de Londres de invadir a embaixada equatoriana.

R$ 159 mil/dia
A Scotland Yard mantém cerca de 40 agentes armados ao entorno da embaixada do Equador em Londres, onde o fundador do WikiLeaks está refugiado.

Essa operação tem custado aos cofres britânicos aproximadamente 50 mil libras esterlinas por dia (equivalente a R$ 159 mil), de acordo com o jornal local "Daily Mail".

O objetivo dos policiais é impedir que Assange deixe a embaixada, após a concessão do asilo político, ao mesmo tempo em que o Reino Unido diz que prenderá se ele sair do prédio.
 
 
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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