segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Politica - 59% de doações para candidatos a prefeito são ocultas



“Do total de recursos arrecadados até agora pelos candidatos a prefeito de Fortaleza -R$ 10,8 milhões -, R$ 6,4 milhões (59,1%) vieram de doações ocultas – repassadas pelas direções dos partidos, o que torna impossível precisar a origem do dinheiro. O percentual pôde ser obtido a partir de dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na página do tribunal da Internet, as doações ocultas aparecem apenas como “direção estadual/nacional” da sigla do candidato, sem detalhar a empresa ou pessoa física que repassou o valor para o partido. Dessa forma, apesar de determinação da Corte obrigar a divulgação dos doadores de campanha dos candidatos, a procedência de mais da metade do dinheiro usado nas campanhas permanecerá desconhecida.

“O que acontece é que a empresa ou pessoa doa para o partido, e o partido transfere para o candidato. Isso cumpre a determinação do TSE, mas decepciona na transparência das arrecadações”, diz o promotor auxiliar da Procuradoria Regional Eleitoral, Emmanuel Girão.
Ele destaca que a medida é legal, mas que já existem movimentos no sentido de coibir esse tipo de repasse. “Isso mereceria uma alteração na lei. O eleitor tem o direito de saber de onde vem o dinheiro”, avalia. Entre os candidatos que arrecadaram as maiores quantias, o prefeiturável com o maior percentual de doações ocultas foi Elmano de Freitas (PT). Dos R$ 3,4 milhões arrecadados pela campanha petista, R$ 2,4 milhões (78,4%) vieram da direção nacional do PT. Segundo a assessoria de imprensa do candidato, o repasse vem diretamente da Executiva Nacional do PT, e costuma acontecer em todo período eleitoral.
O candidato do PSB à Prefeitura, Roberto Cláudio, fica na frente no volume absoluto de doações ocultas. Ele recebeu R$ 2,5 milhões da direção estadual do seu partido, representando 49,6% dos R$ 5,2 milhões arrecadados pelo socialista. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do candidato para tratar do assunto, mas não teve resposta até o fechamento da página.
Outros candidatos com percentuais elevados de doações ocultas foram Moroni Torgan (DEM), com R$ 600 mil, Inácio Arruda (PCdoB) – R$ 589 mil, e Marcos Cals (PSDB): R$ 124 mil. O tucano defende que fez sua parte, prestando contas do dinheiro que recebeu do partido. A reportagem tentou entrar em contato com as assessorias de Moroni e Inácio, mas as ligações não foram atendidas.
Heitor Férrer (PDT), que arrecadou R$ 257 mil, recebeu apenas uma doação da direção estadual do partido, de R$ 20 mil. Renato Roseno (Psol) e André Ramos (PPL) foram os únicos candidatos que não receberam nenhuma doação oculta.”




Postada:Gomes Silveira
Fonte:Eliomar de Lima
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