segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Capitais - Uma "eleição presidencial" às avessas


O PT conseguiu vitória em locais resistentes e sai derrotado no Nordeste, onde já registrou expressivas votações. Na lista das derrotas do partido nessas eleições estão Fortaleza e Recife, ficando apenas com João Pessoa

Na geografia do voto, a eleição municipal de 2012 foi uma eleição presidencial às avessas. Redutos que na última década deram votações expressivas ao PT nas disputas nacionais elegeram candidatos de outros partidos, tanto de siglas conservadoras que fazem oposição ao governo Dilma quanto – e principalmente – de aliados no plano federal. Ao mesmo tempo, cidades que, nas eleições presidenciais, se mostram resistentes aos petistas, consagraram candidatos do partido ou ligados à sua rede de apoios.


Em São Paulo, cidade onde petistas e tucanos apostaram suas principais fichas e que nas últimas eleições presidenciais deu vitórias locais ao PSDB, Fernando Haddad venceu José Serra. Curitiba, que também havia optado pelo candidato tucano na última eleição nacional, escolheu Gustavo Fruet, pedetista que recebeu apoio de Lula e da presidente. Já em Manaus, capital que deu a maior votação a Dilma em 2010 – quase 80% dos votos -, elegeu o tucano Artur Virgílio, a despeito da participação da própria presidente na campanha da comunista Vanessa Grazziottin.

Nordeste
No Nordeste, que deu votações expressivas aos petistas nas últimas eleições presidenciais, o PT ficou apenas com João Pessoa, perdendo capitais importantes como Fortaleza e Recife. Ao lado de Manaus, foi também em capitais nordestinas que PSDB e DEM, principais partidos da oposição ao Governo Dilma ganharam novo fôlego, conquistando as prefeituras de Salvador e Aracaju, respectivamente com Antonio Carlos Magalhães Neto e João Alves Filho (ambos do Democratas); e Teresina, com o tucano Firmino Filho.

No geral, tucanos e petistas terminaram as eleições de 2012 com o mesmo número de capitais: quatro cada um. E não se pode dizer que os resultados de ontem tenham antecipado a disputa nacional de 2014 porque nenhuma das duas siglas pode se considerar a grande vitoriosa. Mesmo porque, entre as capitais, o grande vencedor foi o PSB, que ficou com cinco e se coloca de vez como um importante fiel para a balança da disputa.

Os socialistas, aliás, ganharam a queda de braço com os petistas em todas as principais capitais em que concorreram com candidatos apoiados pelo PT. E também em Campinas (SP), onde Jonas Donizette bateu o petista Marcio Pochmann. Na disputa com os tucanos, os socialistas ganharam em São Luis, onde apoiaram Edivaldo Holanda Júnior, do PTC; contra o tucano Castelo.

PMDB
Outro protagonista importante no jogo sucessório de 2014, o PMDB sai das eleições de 2012 com apenas duas capitais conquistadas - Rio de Janeiro e Boa Vista, ainda no primeiro turno. Entre os demais partidos, o PDT sai das eleições com três capitais (além de Curitiba, Natal e Porto Alegre) e o PP com duas (Palmas e Campo Grande). PPS e PSD, por sua vez, ganharam em Vitória e Florianópolis, respectivamente.

PSOL
Entre os partidos que fazem oposição ao projeto petista dentro do campo da esquerda, o PSOL conseguiu eleger seus dois primeiros prefeitos: havia eleito Gelsimar Gonzaga em Itaocara, no Rio de Janeiro., no primeiro turno; e ontem venceu a disputa em Macapá,com Clécio Luis. Em Belém, onde concorria com Edmilson Rodrigues - numa exótica aliança que incluía PT e DEM - perdeu a eleição para o tucano Zenaldo Coutinho.

A partir de hoje, os partidos vão contabilizar seus avanços e recuos e começar a cotar seus cacifes para a sucessão de Dilma. A grosso modo, o novo cenário político nas principais capitais do País permite pensar que o “preço” será bem diferente do de dois anos atrás.
Postada:Gomes Silveira  
Fonte:O Povo
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