Milhares de moradores, autoridades locais, colegas e professores, além dos familiares comparecerem à missa de corpo presente e sepultamento do estudante José Leandro na sua cidade de origem, Dep. Irapuan Pinheiro
O padre José Batista, que presidiu a celebração litúrgica, lamentou o fato que considerou uma tragédia brutal. "Foi uma vida interrompida muito cedo", disse. "Temos o sentimento de dor da perda física, mas temos a certeza, na fé, de que ele está com Deus". Centenas de moradores, estudantes e professores lotaram o espaço em frente à casa e enfrentaram o sol da tarde para participar da liturgia.
Todos lamentavam o crime que pôs fim à vida do estudante, José Leandro. Mulheres, jovens e mesmo agricultores acostumados à dureza do sertão choraram durante a missa que foi comovente. Para a maioria, uma tragédia, um fato "incompreensível e insano". "Estou sentindo uma dor profunda diante desse absurdo, pois meu filho era uma pessoa tão boa, só fez amizade e o bem e não sei porque tiraram a vida dele", disse a mãe, professora do ensino fundamental, Josefa Maria Pinheiro. "Ele queria ser professor universitário, mas o seu sonho acabou". O corpo de José Leandro chegou do Rio de Janeiro, no sábado, à tarde, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza.
Em seguida, houve o traslado e por volta das 22 horas chegou a esta cidade. O velório aconteceu na casa da família, no Sítio Catolezinho. Centenas de moradores despediram-se do estudante que era uma referência no meio universitário e um exemplo para outros alunos. "Era um filho ilustre, um rapaz muito inteligente e exemplar que estava começando a sua vida profissional", disse o prefeito, Claudenilton Pinheiro. Após a missa, o cortejo fúnebre veio para a cidade e houve um momento de visitação na Igreja Matriz de Nossa Senhora Imaculada Conceição. Em seguida, houve o cortejo fúnebre até o cemitério da cidade.
O professor do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Ceará, campus de Iguatu, (Escola Agrotécnica Federal), Fabiano Nonato, lembrou que foi ele que descobriu o talento de José Leandro, ainda no ensino médio. "Os alunos estavam inquietos em sala e apliquei questões com elevado grau de dificuldade", contou. "No dia seguinte, ele trouxe todas respondidas e mostrou alternativas de solução, mas eu perguntei quem teria feito o exercício, mas ele foi ao quadro e resolveu a mais difícil, explicando tudo".
Notas elevadas
Depois de concluir o ensino médio, o estudante cursou Licenciatura e Bacharelado em Matemática na UFC, onde concluiu em julho de 2011, em apenas três anos. Obteve notas mais elevadas do curso nos últimos vinte anos. Leandro ganhou uma bolsa de estudo para cursar o mestrado no Impa, onde estudava desde janeiro passado.
"Era uma dos nossos alunos mais brilhantes", disse o professor do Impa e orientador do estudante, Emanuel Carneiro. "Era inteligente, humano, alegre e dedicado". Ele sonhava em fazer doutorado no exterior, lembrou a tia Alessandra Pinheiro.
José Leandro Pinheiro foi assassinado, enquanto dormia, por um colega, Bruno Euzébio dos Santos, 26 anos, sergipano, com quem dividia quarto, em uma república no Horto, Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo do estudante foi encontrado na cama de barriga para cima. Apresentava ferimento na cabeça e quatro perfurações de faca.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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