sábado, 20 de outubro de 2012

Disputa na Capital - Cientistas constatam o acirramento


Os números da primeira pesquisa Ibope, contratada pela Televisão Verdes Mares, apontam que a disputa no segundo turno em Fortaleza está empatada entre os candidatos Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT). Para alguns cientistas políticos, o resultado da pesquisa está em consonância com a realidade, acreditando que os dois postulantes estão com número de votos bem parecidos. Conforme o Ibope, Roberto Cláudio tem 41% das intenções de voto e Elmano de Freitas possui 39%. A margem de erro máxima estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.


Na avaliação do cientista político Francisco Moreira, o que chama mais atenção na pesquisa é o percentual considerável de eleitores indecisos

Para a cientista política Patrícia Teixeira, professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), apesar de alguns eleitores estarem decepcionados com pesquisas eleitorais, o resultado do Ibope se assemelha bastante ao resultado do primeiro turno, em que a diferença entre Elmano de Freitas, 25,44% e Roberto Cláudio, 23,32% foi bem pequena.


Para Patrícia Teixeira, essa disputa de votos entre os dois continua acirrada, enquanto existem muitos eleitores indecisos e os que pensam em votar nulo. Segundo observa, grande parte dos eleitores que está optando pelo voto nulo ou branco é porque não se sente representado por nenhuma das duas candidaturas, mas, ao mesmo tempo que cogita anular o voto, se questiona se isso realmente é válido.

Patrícia Teixeira analisa que muitas pessoas que nunca votaram em branco ou nulo, agora pensam nessa hipótese, porém perguntam se esse é de fato um voto de protesto e qual o impacto ele tem na eleição. Para a cientista política, alguns eleitores só decidirão mesmo seu voto faltando um dia para a eleição, 28 de outubro.

Enquanto isso, alguns fatores podem ter impacto nessa decisão, alerta, como a vinda do ex-presidente Lula a Fortaleza, marcada para a próxima terça-feira, 23. Na camada mais popular da sociedade, considera, Lula poderá ter um efeito maior pelo carisma que ele tem e pelo fato dele representar programas sociais que fazem sucesso, como o Bolsa Família.

Já para outros, pondera, o fato de Lula fazer um discurso em prol da candidatura de Elmano de Freitas não terá efeito algum, entendendo que o caso do mensalão fez com que muitos questionassem a "indiferença" com que o ex-presidente tratou o assunto. "Isso gera um questionamento: qual a moral que ele tem para pedir voto", pontua.

Já a quantidade de apoios ganhos por Roberto Cláudio neste segundo turno, Patrícia Teixeira avalia que eles podem trazer um ou outro voto, mas não sabe mensurar até que ponto esses apoios devem influenciar no voto do eleitor. Para ela, a disputa deste segundo turno está muito focada em quem vota a favor do PT e quem vota contra.



Para o cientista político Horácio Frota, professor na Universidade Estadual do Ceará (Uece), essa semana será decisiva para que os candidatos conquistem votos, também apostando que os votos estão divididos entre Roberto Cláudio e Elmano de Freitas. Agora, entende, os postulantes vão buscar aqueles eleitores que estão indecisos e os que cogitam anular o voto.

Pelo mapa do voto em Fortaleza, Horácio Frota percebe que Elmano de Freitas ganhou mais votos nos bairros que concentram população de baixa renda, enquanto Roberto Cláudio se saiu melhor nos bairros de classe alta. Já os bairros de classe média, observa, renderam muitos votos a Heitor Férrer (PDT), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno. O cientista considera que esses bairros poderão ser os mais disputados pelos candidatos.

Sobre a vinda de Lula, Horácio Frota ressaltou que ninguém pode "brincar" com o efeito que o ex-presidente pode causar nos eleitores, dando como exemplo São Paulo, onde o candidato do PT, Fernando Haddad, apontado sempre em terceiro lugar nas pesquisas, passou para trás Celso Russomanno (PRB) e conseguiu ir para o segundo turno.

Na avaliação do cientista político Francisco Moreira, professor de Ciências Políticas da Unifor, o que chama mais atenção na pesquisa não é nem o empate dos candidatos, mas um percentual considerável de eleitores ainda indecisos. Conforme o Ibope, na pesquisa espontânea, brancos e nulos somam 16%, enquanto 11% ainda se declaram indecisos.

Há também os que decidiram o voto, mas admitem que podem mudar. Nesse caso, a pesquisa aponta que 19% afirmaram que ainda podem mudar sua intenção de voto até o dia da eleição. Para Francisco Moreira, desde o primeiro turno os eleitores vem mostrando indecisão, uma prova disso, entende, foi o desempenho obtido por Heitor Férrer, que vinha aparecendo em quarto lugar nas pesquisas e, apurados os votos, ficou em terceiro lugar, bastante perto de Roberto Cláudio, o segundo colocado.

O cientista político acredita que a vinda de apoios, o desempenho dos candidatos em alguns discursos e debates podem ajudar esse eleitorado indeciso a escolher uma opção.
 
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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