O pesquisador David Watkins desenvolve seus estudos sobre a Aids há 15 anos na Universidade de Miame
Rio de Janeiro. Uma nova técnica que pode levar à produção de vacina contra a aids, desenvolvida com a participação de cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, é destaque na edição de ontem da revista Nature, uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo. A descoberta leva a uma nova abordagem no combate à doença, a partir do estudo de casos de pessoas que contraíram o vírus HIV mas nunca adoeceram.
A Aids mata milhares de pessoas todos os anos e é causada pela transmissão do vírus HIV através principalmente de relações sexuais
O foco do estudo, liderado pelo pesquisador David Watkins, é a célula T CD8, um organismo conhecido como célula matadora, encarregada de eliminar do corpo vírus e outros componentes invasores. Em algumas pessoas, a T CD8 tem a capacidade de matar as células CD4 contaminadas pelo vírus HIV. O estudo inova no combate à doença, porque até o momento a maior parte das pesquisas vem centrando esforços em produzir vacinas com a utilização de anticorpos.
Watkins desenvolve suas pesquisas sobre Aids na Universidade de Miami há 15 anos e atualmente trabalha em conjunto com três pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Myrna Bonaldo, Ricardo Galler e Marlon Santana, além do brasileiro Maurício Martins, que faz parte de sua equipe nos Estados Unidos. "Descobrimos que um grupo de humanos, raros, está controlando a replicação do vírus . Estão infectados, mas não têm a doença. Isso acontece em uma de cada 300 pessoas infectadas. Nós queremos entender como essas pessoas estão controlando o vírus, porque, talvez, possamos desenvolver uma vacina", explicou Watkins.
"Antes dessa descoberta, não havia certeza do que acontecia nos casos humanos em que o vírus era controlado. Nossa pesquisa dá uma grande dica de que são os T CD8 matadores os responsáveis por isso´, completou o cientista.
O estudo, com o objetivo de uma vacina contra a aids, ganhou força com um método patenteado pela Fiocruz em 2005, desenvolvido por Myrna Bonaldo. A pesquisadora trabalha a engenharia de novas vacinas a partir da utilização da vacina contra a febre amarela como uma plataforma na qual se introduz modificações genéticas que poderão imunizar contra outras doenças.
A estratégia foi utilizada em dois grupos de macacos rhesus: parte deles recebeu compostos indutores de produção de células T CD8 protetoras e outra parte não. Após, todos os macacos foram inoculados com o vírus SIV, semelhante ao HIV. Os que receberam os indutores de produção apresentaram redução na replicação do vírus. Em relação ao grupo que não recebeu o composto, chamado controle, a replicação viral foi reduzida em mais de 50 vezes.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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