Eloísa Vidal arrisca como um dos motivos da posição de Fortaleza no Spaece-Alfa uma desmotivação do Município em aderir à política do Estado
Roberto Cláudio toma como referência o resultado do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece-Alfa), que é financiado pelo Governo do Estado para diagnosticar o índice de alfabetização de crianças ao fim do segundo ano do Ensino Fundamental. De acordo com esse indicativo, em 2011, Fortaleza ocupou o penúltimo lugar no Estado, ficando à frente apenas de Parambu.
Já Elmano de Freitas baseia-se no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que fica a cargo do Ministério da Educação e, portanto, tem abrangência nacional. Através da Prova Brasil, esse indicador avalia as crianças do quinto e nono anos do Ensino Fundamental, tomando como base o desempenho dos alunos e a taxa de aprovação. Segundo o Ideb, Fortaleza é a terceira capital com melhor resultado no Nordeste.
Para o professor Wagner Andriola, é preciso levar em conta as diferenças de critérios dos dois métodos avaliativos. De acordo com o especialista, o Ideb faz uma análise mais ampla e considera três aspectos: nível de aprendizado dos alunos, taxa de aprovação e frequência.
Por sua vez, o Spaece-Alfa, afirma Andriola, "é um indicador simples, que avalia a habilidade em leitura do alunado do segundo ano". Além disso, ele considera as competências e habilidades dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio em Língua Portuguesa e Matemática.
Complexo
Fazendo uma avaliação simples, de acordo com o resultado do Spaece-Alfa, os alunos dos anos iniciais do fundamental "não estão desenvolvendo a contento as habilidades de leitura", aponta Wagner Andriola. Já no que se refere ao Ideb, um indicador mais complexo, a colocação é um pouco melhor, mas ainda deixa muito a desejar, já que Fortaleza obteve nota 4,2 para os alunos da quinta série, numa escala até 10, e 3,5 na nona série.
Sobre o mau desempenho da cidade de Fortaleza no Spaece-Alfa em contraponto ao resultado no Ideb, doutora em Educação Eloísa Vidal explica que é muito "delicado" comparar as metrópoles com os municípios de menor porte, justamente pela "complexidade" da rede de educação nas capitais. Ela lembra que a quantidade de escolas das cidades de médio porte corresponde a aproximadamente 20% do total das capitais.
Eloísa Vidal ainda arrisca como um dos motivos da posição de Fortaleza no indicador uma possível "desmotivação da secretaria municipal em aderir à política do governo do estado". "Causa estranheza as crianças que não estão alfabetizadas se colocarem nessa boa posição (do Ideb)", aponta. Já Andriola contesta a hipótese, embora admita a abrangência de cidades de grande porte. "Teoricamente pode-se comparar municípios independentemente do tamanho da sua rede de ensino. Logicamente que redes maiores são mais heterogêneas", reflete.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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