QUIXADÁ - Transformações no cenário eleitoral

Quixadá - Para muitos as eleições municipais de 2012 vão deixar saudades. Além da disputa acirrada na maioria das cidades do Sertão Central, alguns momentos emocionantes marcaram o período da campanha. Muita gente ficou com os nervos à flor da pele. Alguns choraram de alegria e outros de tristeza. Quem soube perder, reconheceu a vitória do adversário e quem ainda não se conforma com o resultado demonstra a pretensão de cobrar as promessas de campanha, suposto motivo maior da escolha nas urnas.

Em Quixadá, a violência gratuita, provocada por militantes mais eufóricos, tirou um pouco do brilho da disputa. As provocações ainda persistem nesse período de ressaca eleitoral e muitos ainda confundem “adversário” com “inimigo”. Todavia, a postura e a conduta dos candidatos ao cargo majoritário no Município foram exemplares. E se conquistaram
milhares de votos é porque existe confiança nos benefícios propostos para a comunidade. Novos nomes surgiram no cenário político local. Agora é esperar empenho no compromisso público e melhores dias para todos.

Além da eleição de João da Sapataria, com 23.944 votos válidos, novos nomes surgem na Câmara Municipal, em parte pela ampliação do número de cadeiras, mas também por conta do baixo número de vereadores reeleitos. Agora é ver a atuação de Dudu (PTC), Higo Carlos (PT), Laercio Oliveira (PPS), Kelton Dantas (PSC), Cabo Marlim (PTC), Louro da Juatama (PTC), Luiz do Hospital (PSC) e Evaristo (DEM). Eles atuarão juntamente com os reeleitos Pedro Baquit (PSD), Kleber Júnior (PPL), Ivan Construções (PT) e Audênio Moraes (PPL).

Esse quadro, associado a mais de 9.000 abstenções, representando 16 % dos votos de Quixadá, demonstra o descrédito dos eleitores no Parlamento Municipal. Entrevistados, alguns disseram votar pela amizade, um pedido pessoal, troca de favores e até pela venda da sua alma eleitoral, afinal somente a cada dois anos é possível comprar os óculos novos ou a dentadura. “Essa gente não faz nada. Se junta pra aprovar o que já está aprovado, e fazer festa com o dinheiro público. Votei, mas espero que dessa vez façam algo de útil, senão da próxima vez prefiro não votar”, comentou um estudante de 17 anos. Ele votou pela primeira vez.

 

 

Postada:Gomes Silveira

Fonte:Diário do Nordeste

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