sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Resíduos sólidos - Trabalho em lixões deve acabar até o ano de 2014


Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que os aterros sanitários devem ser o novo destino para entulhos

Russas Este município abriga um dos 300 lixões espalhados por todo o Estado. A área está localizada na comunidade Alto São João. Alguns catadores retiram do local algum sustento para família. Hoje, o número de catadores é bem reduzido, segundo informou Francisco Leite, que trabalha no lixão. Porém, esta fonte alternativa de trabalho e renda está com os dias contados. De acordo com a Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos os lixões existentes no País devem ser desativados. No entanto, o processo para adequação da exigência legal pelos municípios está atrasado.

A céu aberto, os entulhos se acumulam em Russas, gerando problema sanitário Fotos: Ellen Freitas
O prazo dado pelo governo federal para o funcionamento dos novos aterros sanitários é meados de 2014. Na região Jaguaribana, 11 municípios formam o consórcio intermunicipal. O terreno para instalação do aterro será em Limoeiro do Norte. De acordo com o ex-secretário de Infraestrutura, Eliezer Lins, que acompanhou de perto o processo no município e foi eleito vereador no último pleito, a instalação do aterro está em fase de elaboração do projeto, e é de responsabilidade da Secretaria das Cidades, sem previsão de conclusão.

"Sabemos que a elaboração do projeto já se encontra bem avançada, mas não temos previsão de quando será concluída. Estamos acompanhando e aguardando sua conclusão", informa.

Atualmente, 26 consórcios para construção dos aterros estão formalizados. No momento, os recursos são para elaboração de 12 projetos executivos. Limoeiro do Norte terá um dos projetos concluídos nos próximos meses, com o custo de R$ 20 milhões. O aterro atenderá as cidades de Alto Santo, Morada Nova, Potiretama, Quixerê, Limoeiro do Norte, Palhano, Russas, São João do Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, Ererê, Iracema.

Segundo Francisco Leite, que há 11 anos trabalha no lixão de Russas, antigamente havia muito mais pessoas no local, tirando o "sustento" para viver. "Era mais gente aqui. Agora diminuiu muito, não chega nem a 30". Ele disse que muitos se afastaram por causa da exposição à sujeira e doenças. "Isso aqui não e trabalho pra ninguém não", lamenta.

Ele é responsável por orientar o local de despejo dos entulhos pelos caminhões. As caçambas misturam tudo, formando verdadeiras montanhas. Os catadores se aglomeram para retirar o material que pode ser vendido e, assim, ganhar algum dinheiro.

O lixo hospitalar é também despejado junto com os demais resíduos. O destino desse material é a queima de forma improvisada. Seu Francisco é o encarregado de realizar essa tarefa. Ele explica que o material é depositado em um buraco, onde ele realiza a queima.

Greve
Em Russas, os garis cruzaram os braços por cinco dias em reivindicação ao atraso dos salários neste município. O lixo acumulado em várias ruas do Centro foi motivo de várias reclamações e denúncias por parte dos moradores. A situação foi regularizada e o cerca de 120 garis realizam a limpeza pública neste município. Desde o último sábado, a coleta no Centro havia sido suspensa por conta no atraso dos salários. A situação ficou insustentável e gerou uma série de denúncias e reclamações.

Com a paralisação dos garis, o lixo se acumulou em vários pontos da cidade, causando reclamação por parte dos moradores. O serviço foi regularizado com o pagamento dos salários dos servidores municipais


Quem passava em alguns locais da cidade se espantava com a quantidade de lixo acumulado. Segundo populares, o problema não é de agora. "Isso aqui não é de agora não, o lixo demora pra ser levado, aí fica esse problema aqui", reclamou um morador que preferiu não se identificar. O local fica próximo à capela Nossa Senhora de Lourdes, no Bairro Vila Gonçalves.

Na Avenida Francisco Raimundo de Oliveira, populares flagraram vacas comendo os resíduos. Na Escola Municipal Raimundo Pelópidas, o lixo acumulou nas calçadas desde a última sexta-feira.

Segundo o responsável pelo setor de limpeza pública, Stênio Leite, os salários dos garis estavam em atraso há apenas cinco dias, o que não justifica a paralisação. Atualmente, o funcionalismo público passa por um momento delicado, devido ao atraso nos salários de outros setores. O pagamento dos garis foi regularizado na quarta-feira, segundo informou Stenio, e todos estão de volta ao trabalho.
 
 
 
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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