Os permissionários reclamam da situação de abandono por parte do poder público e reivindicam reformaRussas A precária condição do mercado público desta cidade é motivo de muita reclamação por parte dos permissionários. Falta segurança, a infraestrutura é precária e não é possível trabalhar nos padrões de higiene exigidos pela Vigilância Sanitária. Há projeto para a construção de um novo mercado, sem previsão para o início das obras. O mercado público José Martins de Santiago concentra a maior parte de vendedores autônomos no município e atende centenas de pessoas diariamente.
Falta segurança, a infraestrutura é precária e não é possível trabalhar nos padrões de higiene exigidos pela Vigilância Sanitária. Centenas de pessoas são atendidas no mercado todos os dias
Dentro do mercado, são comercializados produtos dos mais variados, como carnes, peixes, legumes e cereais. Há também lanchonetes e lojas de peças para motos e bicicletas. Do lado externo, são vendidas, principalmente, confecções.
Seus permissionários, que trabalham nos pouco mais de 100 boxes disponíveis, enfrentam, há alguns anos, sérios problemas. "Quando chove eu fico com medo do teto cair na minha cabeça e eu acabo fechando meu comércio", conta José Messias Firmino de Melo, que há 30 anos trabalha no local. Ele conta que, no ano passado, parte do forro de uma das entradas caiu, o que deixou muita gente preocupada.
Outro problema apontado pelos populares que frequentam o mercado é que, no inverno, os bueiros ficam entupidos, causando alagamento e mau cheiro, um dos principais problemas apontados pelos clientes. Uma moradora que preferiu não se identificar conta que o local não funciona dentro dos padrões de higiene que deveria funcionar. "Se você parar um pouco e olhar, você encontrar baratas correndo por vários lugares. O banheiro praticamente não existe. É precária a situação aqui", afirmou.
A insegurança também deixa as pessoas apreensivas. Já houve vários arrombamentos e saques em boxes. O projeto do novo mercado foi contemplado no ano passado, com recurso do Governo do Estado. O financiamento é resultado de um empréstimo realizado pelo ente público junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Foi assegurado para a obra um valor de R$ 3,5 milhões. O projeto será realizado pela Secretaria das Cidades.
Burocracia
"O projeto da obra e todas as documentações solicitadas foram enviadas à Secretaria das Cidades que é quem vai realizar esse serviço", afirmou o coordenador municipal da obra, Diberto Baltazar. "Nossa responsabilidade agora é enviar um projeto de lei de regimento interno do mercado para ser aprovado na câmara municipal", concluiu.
O projeto arquitetônico do novo mercado consta com térreo e um andar, distribuídos de acordo com a demanda constatada em relatório realizado pelo município, há cerca de seis meses. Contará também com estacionamento, área de carga e descarga e segurança. Os boxes serão distribuídos e organizados, atendendo aos permissionários que já trabalham no local.
Segundo Dilberto, os permissionários serão realocados na Associação Atlética Branco do Brasil (AABB), por oferecer as condições necessárias para continuem trabalhando. Lá, será construído um mercado temporário.
"Assim que recebermos autorização da secretaria para formalização do contrato com a AABB, iniciamos a obra do mercado temporário e transferiremos os trabalhadores", afirma.
A realocação é de responsabilidade da Prefeitura, como consta no Plano de Execução do novo mercado público de Russas.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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