Já virou rotina. O senador Fernando Collor (PTB-AL) tem usado
sistematicamente a tribuna da Casa para atacar o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Nas últimas semanas, resolveu criticar a
compra de 1.200 tablets pela PGR, alegando que a instituição cometeu
irregularidade ao definir a Apple como fornecedora dos produtos.
Em mais um ataque de fúria, Collor retomou a carga nesta terça-feira,
desta vez com ofensas: “Cale a boca e espere o TCU (Tribunal de Contas
da União) dar a palavra final, pois somente ele é o órgão capaz de
técnica e juridicamente dizer se o senhor prevaricou mais uma vez ou
não, se o senhor agiu com improbidade administrativa ou não, se cometeu
mais um ilícito para acrescentar ao seu portfólio criminoso ou não”,
discursou, no mesmo dia em que foi eleito para presidir a poderosa
Comissão de Infraestrutura do Senado.
Na semana passada, Gurgel chamou de “risível” a acusação de Collor,
que conseguiu que o Senado aprovasse um requerimento pedindo que o
Tribunal de Contas da União investigue a compra.
O tempo parece ter ensinado pouco ao único presidente da República cassado por corrupção no país.
Postada:Gomes Siilveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário