segunda-feira, 16 de setembro de 2013

SEGURANÇA em QUIXADÁ - Pressão provoca desavença entre gestores públicos


Quixadá - A preocupação com a segurança pública na maior cidade do Sertão Central, Quixadá, está deixando alguns com os nervos à flor da pele, inclusive representantes de instituições públicas. Após debate sobre a violência na Câmara Municipal os vereadores resolveram se mobilizar em busca de soluções. Visitaram o comandante do 9º Batalhão Policial Militar (BPM), coronel Francisco Paiva. Além das dificuldades operacionais ouviram do comandante outra dificuldade no combate a criminalidade na cidade. O prefeito João Hudson Bezerra teria lhe solicitado para parar as blitz.

A informação do comandante do 9º BPM foi contestada pelo prefeito. Segundo João Hudson, havia solicitado apenas para que as blitz não fossem dirigidas exclusivamente aos motociclistas, mas também aos motoristas de automóveis e utilitários. Ele estava recebendo reclamações dos motociclistas, principalmente dos mototaxistas. O pedido havia sido feito no início do ano, antes dos assaltos e homicídios aumentarem na cidade. Além de ser a favor das operações preventivas, a administração municipal está disposta a colaborar, acrescentou o prefeito.
Na opinião de policiais, militares e civis, o problema do acréscimo nos índices de violência na cidade está relacionado a uma série de fatores. Num deles está a falta de estrutura para realização dos trabalhos de prevenção. A cidade cresceu e com ele as dificuldades de tráfego para as viaturas do Ronda do Quarteirão, em número bem inferior ao necessário para atender os quadrantes e bairros da cidade. O efetivo policial militar enfrenta o mesmo problema, é bem inferior ao necessário. Não bastasse isso, todos os assaltos e assassinatos estão sendo praticados com o uso de motocicletas, tornando praticamente impossível a perseguição aos criminosos.

Outro grave fator apontado pelos policiais é a conivência de grande parte da população. Nas blitz, por exemplo, muitos chegam a ligar e enviar mensagens informando para os “amigos”, onde elas estão sendo realizadas. Logo o elemento surpresa acaba se transformando numa grande frustração para a polícia e aborrecimento para quem não foi avisado da barreira policial. A cada 10 motociclistas abordados pelo menos dois trafegam de forma irregular, são os dados da polícia. “A polícia precisa de melhor estrutura e de apoio da sociedade para realizar o seu papel. Somos agentes da Lei e não a própria Lei”, enfatizou o inspetor Renato Cosmo.

A curto prazo tanto a Polícia Militar como a Polícia Civil não terão seus problemas resolvidos. Na PM, viaturas e principalmente efetivo deverão demorar a chegar. Na Civil, o novo prédio deverá estar à disposição dos delegados e inspetores somente no próximo ano. A solução mais rápida é a implantação do sistema de monitoramento da cidade, com câmeras, e motocicletas para realização dos trabalhos de saturação. Mesmo assim, a inércia dos administradores públicos e das representações de classe continua. Blogueiros e políticos se aproveitam da situação em interesses próprios.



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Da Redação
Gomes Silveira
Fonte:DN

Um comentário:

  1. Anônimo19.9.13

    Uma falta de vergonha para a população da maior cidade do Sertão central, pessoas que diziam que iria mudar nossa cidade, sei não viu! Gente vamos acordar para a realidade a cada dia a nossa cidade fica mas e cada vez mais violenta!

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