A
declaração foi concedida após o TCU ter rebaixado a nota do Ceará no
ranking de análise financeira dos Estados e ter classificado como
“insuficientes” as garantias da gestão Cid Gomes para receber empréstimo
de até R$ 100 milhões do Banco Mundial.
“Esse
Guido Mantega vem procurando retaliar o estado do Ceará.
Isso é uma
posição pessoal em relação a mim. Para atender o interesse de São Paulo,
ele fazia muita questão de aprovar uma matéria que reforma o ICMS
[Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Eu fui à
presidenta Dilma e, na frente dele, desmontei todos os argumentos que ele colocava. Desde essa data, ele ficou com restrições a mim”, disse Cid.
O
governador acrescentou ainda que Dilma Rousseff (PT) deve ter “falado
duro” com o ministro da Fazenda. “Mais recentemente, ele estava
segurando há mais de 20 dias um simples ofício. Liguei para a presidente
e ela me atendeu na hora. Imagino que deva ter falado duro com ele;
porque, no mesmo dia, a matéria acabou indo para o Senado. Então acho
que, em retaliação, ele tem feito essas coisas”, concluiu.
Em
2011, ano da análise anterior do TCU sobre o Ceará, o Estado possuía a
classificação ‘B’, que indicava resultado primário positivo para bancar
os encargos das dívidas. Segundo afirmou, o governador “acha estranho” o
rebaixamento de notas “B” para “D” – a mais baixa da lista e que indica reprovação do TCU
para pedidos de financiamento internacional. Ele disse ainda que a
saúde fiscal do Ceará vai muito bem e que as contas estão sendo pagas em
dia.
O TCU considera o resultado
primário (diferença entre receitas e despesas) das gestões. No caso do
Ceará, detectou deficit de R$ 82,9 milhões, somando os resultados de
2007 (primeiro ano de Cid) a 2013 e projeções até 2020. Apontou ainda
que a capacidade de pagamento do Estado “inspira cuidados”.
Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Fonte:Tribuna do Ceará
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