Principais blocos se movimentam para o pleito. O POVO mostra os discursos e projetos que vão pautar a disputa
O processo eleitoral de 2014 começa a
ficar mais animado a partir de agora. Algumas das principais peças do
jogo iniciam o ano intensificando as articulações. Mas antes da
definição de nomes já é possível projetar os discursos a serem adotados
por cada bloco e os projetos (se é que já existem) para o período que se
inicia após oito anos de governo Cid Gomes (Pros).
Para
o grupo do governador, a ideia é expor ao máximo os principais feitos
da gestão e convencer o eleitor de que o mais pertinente é apostar na
continuidade desse projeto. Para isso, a campanha vai tentar deixar
claro que o governo Cid foi planejado em longo prazo e não termina em
2014, uma vez que alguns dos programas mais importantes estão em
andamento. Serão abordados principalmente os avanços na educação e os
grandes empreendimentos como o Cinturão das Águas, a refinaria, a Linha
Leste do metrô e a construção de mais hospitais regionais.
“Vamos
ter que consolidar os grandes projetos estruturantes”, diz o deputado
José Sarto (Pros), líder de Cid na Assembleia Legislativa. Esse, segundo
ele, é o maior desafio para o próximo governante e o grande mote para a
eleição. “Vamos mostrar para o povo o que foi feito no Estado e dizer
que, para continuar melhorando, o caminho é nos apoiar”, complementa o
deputado Wellington Landim (Pros), também próximo ao governador.
Caso
confirme sua candidatura, o senador Eunício Oliveira (PMDB) tende a não
partir para o ataque, já que o PMDB integra a base aliada desde o
primeiro mandato de Cid. Assim, Eunício deve ir na linha de reconhecer
méritos do atual governo, mas deixando evidentes as áreas em que a
gestão não vai bem para mostrar que “é possível avançar mais”, como ele
próprio vem enfatizando nos últimos meses.
“Cid fez um
excelente governo e o PMDB pode dar continuidade, com alguns
diferenciais, dando cara nova aos programas e se aproximando mais das
pessoas”, diz o deputado estadual Danniel Oliveira (PMDB), sobrinho de
Eunício. Ele cita que Eunício poderia dar “grande contribuição” na área
de segurança - área mais problemática na atual gestão - já que conhece o
problema, sendo inclusive empresário do ramo.
Bloco de oposição
Sem
a preocupação do discurso comedido, o bloco de oposição formado por
PSB, PSDB, PR e PRB faz a crítica mais incisiva, mesmo antes da campanha
começar. Isso se explica pelo fato de o grupo abrigar alguns dos
principais desafetos políticos de Cid no Estado. “É o fim de um ciclo
falido, que caducou rapidamente. É um cara (Cid) que só faz o que está
na cabeça dele”, diz o presidente estadual do PSB, Sérgio Novais.
Segundo
ele, as críticas cairão principalmente sobre segurança pública, saúde e
seca. “O próximo governo tem que ter mudança forte no planejamento e
nas práticas. Tem que ouvir mais a sociedade e ter humildade de
reconhecer alguns erros”, completa o presidente estadual do PSDB, Luiz
Pontes.
Saiba mais
O Pros
trabalha hoje com pelo menos cinco nomes que poderão ser os indicados
de Cid na sucessão estadual: os deputados Zezinho Albuquerque e Mauro
Filho; o vice-governador Domingos Filho; o ex-ministro dos Portos,
Leônidas Cristino; e a secretária de Educação, Izolda Cela. Esta
última, para se candidatar, teria de se desincompatibilizar da
secretaria até cinco de abril. Ainda não há definição se ela vai ou não
deixar a pasta, tida como a mais destacada da gestão.
Desde
o início do mês, Eunício admitiu que está tentando viabilizar sua
candidatura ao Governo. Ele esperar contar com o apoio de Cid, que, como
de praxe, deve postergar sua decisão até os últimos momentos antes do
prazo legal (as convenções que oficializam as candidaturas ocorrem em
junho).
O bloco PSB/PSDB/PR e PRB tem
se reunido com frequência e fechou um número de três possíveis
candidatos: Roberto Pessoa (PR), Capitão Wagner (PR) ou Nicolle Barbosa
(PSB). Pessoa condiciou sua candidatura à entrada de Tasso Jereissati
na disputa pelo Senado. Tasso, porém, deve adiar a decisão se será ou
não candidato.
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Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Fonte:O Povo
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