O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconhece 32 partidos no País, mas
alguns não têm representação em todos os estados. "A maioria funciona
mais como estratégia dos maiores na preparação do processo eleitoral. Os
pequenos não têm representatividade significativa, mas guardam redutos
importantes de cunho eleitoral", diz o cientista político Francisco
Moreira.
O presidente do PTdoB no Ceará, Haroldo Abreu, relata que se reunirá
com a executiva nacional da agremiação quarta-feira para discutir a
situação do Estado. "Seguiremos o alinhamento nacional. Até agora,
estamos na base do prefeito e do governador", aponta.
Questionado sobre o critério que definirá de que lado o partido
marchará em relação ao candidato a governador, o presidente estadual do
PTdoB afirma: "a nossa aliança não é uma questão partidária, mas sim
administrativa". Ele garante que uma possível ruptura do senador Eunício
Oliveira (PMDB) - provável postulante ao Governo do Estado - com Cid
Gomes "não muda nada para o PTdoB", que deve permanecer ao lado de Cid.
Proporcional
Para a eleição proporcional, Haroldo Abreu ressalta que o caminho é
mais simples. Para a Assembleia Legislativa, o PTdoB só deve se coligar
com uma única legenda do mesmo porte e vai lançar uma chapa ampla de
pleiteantes. Já na Câmara Federal, deverá se unir a outras agremiações.
Os nomes cotados para disputar uma cadeira no Congresso são o deputado
Paulo Facó e o vereador Leonelzinho Alencar.
O destino do PMN cearense também será pensado na esfera nacional. O
presidente da legenda, deputado Mário Hélio, diz que vai a uma convenção
nacional do partido, no próximo dia 16, em São Paulo, apresentar as
propostas do Estado. Uma das sugestões que serão levadas à direção
nacional é a possibilidade de candidatura própria ao Governo. "O partido
mostraria a sua cara, porque sempre ficou muito escondido", justifica.
Caso a tese não prospere, a intenção é apoiar o postulante indicado
pelo atual governador. "O partido não fez por onde crescer no Ceará.
Seria uma oportunidade, principalmente com a questão da polarização
(Eunício versus Cid)", aposta, ressaltando que o PMN deve sair coligado
com outros partidos menores para disputar cargos na Assembleia e Câmara
Federal, como PTC, PTN, PTdoB e PPS.
Prioridade
O deputado Júlio César, filiado ao PTN, alega que o partido está se
organizando para sair só nas eleições, sem se coligar a outras legendas.
"Estamos trabalhando para fazer três estaduais e dois federais. Temos
candidatos para isso". Conforme o parlamentar, estão cotados para
disputar vaga na Assembleia Legislativa o ex-secretário municipal de
Esporte Nildo Sobral e o ex-deputado Stanley Leão. Já o vereador Alípio
Rodrigues tentará uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Para o Governo do Estado, Júlio César deixa claro que a prioridade é
manter-se aliado ao chefe do Executivo cearense. "O nosso objetivo
inicial é, como fazemos parte da base aliada de Cid, seguir a indicação
do PROS". E completa: "em abril, teremos uma visão mais certa, com as
desimcompatibilizações, mas o primeiro momento é seguir orientações de
Cid Gomes. Marchamos no mesmo sentido".
Apesar de se colocar num patamar diferenciado de alguns partidos
pequenos, pela história da legenda, fundada em 1922, o PCdoB encontra-se
em situação igualmente delicada no Ceará. Isso porque uma das
principais vagas ocupadas pela agremiação - a do senador Inácio Arruda -
está ameaçada neste ano. O PT do deputado José Guimarães está de olho
no cargo e o PROS do governador Cid Gomes pode endossar uma candidatura
petista em troca de apoio ao candidato ao Governo Estadual.
Para manter a vaga de Inácio, o PCdoB tem tentado sensibilizar os
partidos aliados e já chegou a promover campanha televisiva frisando a
relevância da sigla para o Ceará. Porém, a resposta ainda parece ser
apenas o silêncio. "Essa questão tem evoluído, mas não positivamente.
Deveria ter maior diálogo entre os vários partidos e forças. Estamos
fazendo um apelo para uma discussão política em torno de um programa e
atualização dos pontos", expõe o presidente estadual da sigla, Luis
Carlos Paes.
Oposição
O dirigente diz que o cenário não está definido, mas o natural é que o
PCdoB esteja no palanque apoiando o nome indicado por Cid. "Hoje o PT
tem indicado o nome do Guimarães (ao Senado), mas em conversa com o
presidente estadual, ele tem dito que as definições nos estados dependem
de uma decisão nacional", complementa.
Já o PSOL tenta se reafirmar como partido de oposição. A presidente da
sigla no Ceará, Cecília Feitoza, diz que a legenda está construindo um
debate com outros partidos oposicionistas de esquerda, o PSTU e o PCB,
para indicar candidato ao Governo.
Outras lideranças da agremiação podem disputar vaga na Assembleia
Legislativa, como o vereador João Alfredo, mas a dirigente deixa claro
que o partido ainda não bateu o martelo. "A gente acha que tem que
fortalecer uma candidatura para dar visibilidade às diversas lutas que
estão sendo esmagadas por um poder hegemônico", esclarece.
Outro nome que pode agregar votos é o advogado Renato Roseno, que em
2010 conquistou 113 mil sufrágios ao pleitear cadeira na Câmara Federal.
No entanto, é uma das lideranças cotadas para disputar a Presidência da
República pelo PSOL. Como o episódio tem gerado uma série de embates
nacionais, por enquanto, a candidatura dele no Ceará não tem sido
discutida de maneira incisiva. "É uma possibilidade, mas no momento não
estamos trabalhando concretamente com isso", pontua Cecília.
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Postada:Gomes Silveira
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