Na pracinha do Abel, localizada na Rua Santa Elisa, facções rivais
trocam tiros. Em outubro de 2013, uma equipe da Força Tática de Apoio
(FTA) foi recebida a bala no local, mas depois prendeu os suspeitos.
Em outro caso, um jovem publicou uma foto acompanhado de um comparsa em
que os dois exibiam armas. Já no facebook da namorada do mesmo jovem,
uma adolescente, as fotos eram de aparelhos celulares supostamente
furtados durante uma festa do Carnaval de Fortaleza, que ocorreu na
última sexta-feira (25), no Aterrinho da Praia de Iracema. Cerca de 11
aparelhos, entre smartphones e iPhones eram exibidos junto com uma
câmera fotográfica com a legenda: "Depois de toda a ação, olha só o que
conquistamos". A imagem é um arquivo de dispositivo móvel e foi
publicada.
A reportagem do Diário do Nordeste Online conversou com o professor e
pesquisador de segurança da informação, Pablo Ximenes, que presta
consultoria às forças policiais em resposta a incidentes de segurança.
"Quando você vê uma postagem alarmante, ela pode ser denunciada no
Facebook. Existe um mecanismo (da rede social) que vai utilizar a
quantidade de denúncias para que a publicação ou perfil sejam apagados",
explica o professor.
Segundo Ximenes, existem duas maneiras de identificar um suspeito por
meio das suas publicações nas redes sociais. A primeira é pelo próprio
Facebook. "É possível identificar o endereço de acesso desses indivíduos
a partir de registros fornecidos pelo Facebook, como o login, indicando
o endereço. E existe o segundo cenário, que ocorre quando o Facebook
não coopera com a investigação policial e os profissionais da segurança
de informação têm que realizar técnicas mais sofisticadas para induzir o
suspeito a fornecer seu endereço", detalha o especialista.
Para o professor, as publicações realizadas por meio de dispositivos
móveis (smartphones e tablets) são mais eficientes para a identificação.
"Existe a condição de identificar o acesso a partir do dispositivo
móvel, como onde o chip foi comprado, qual o número de série do aparelho
celular, podendo se chegar até ao número do CPF do comprador",
ressaltou Ximenes.
Já nos casos de publicações realizadas pelo computador, apenas o
endereço de acesso é obtido. "Identificar o endereço não equivale a
revelar a identidade civil, se o endereço pertencer a uma lan house, por
exemplo". Neste último caso, é necessária outra investigação para
localizar quem realizou o acesso.
DA REDAÇÃO DO CENTRAL QUIXADÁ ONLINE
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Postada:Gomes Silveira
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