terça-feira, 4 de novembro de 2014

Apoio à democracia - Alckmin é contra intervenção


São Paulo. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que não são aceitáveis protestos favoráveis a uma intervenção militar no País. O tucano lembrou que as pessoas têm o direito de se manifestar, mas ressaltou que a democracia deve ser fortalecida. No sábado (1°), durante protesto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), promovido na capital paulista, um grupo de manifestantes defendeu em cartazes e faixas a realização de uma intervenção militar no País.
"A manifestação é livre e as pessoas têm o direito de se manifestar, mas é evidente que nós, que lutamos tanto pela democracia, não podemos aceitar esse tipo de coisa.
A democracia precisa ser fortalecida", afirmou.
O tucano avaliou que há atualmente uma "crise de legitimidade" no País, que precisa ser corrigida por meio de uma reforma política. Ele criticou o excesso de partidos no processo eleitoral e o modelo da eleição para cargos no Poder Legislativo.
"O que nós defendemos é o fortalecimento da democracia, para isso é necessário fazer mudanças na legislação", afirmou.
A defesa de uma intervenção militar foi inclusive criticada por outros manifestantes durante o protesto. "Não tem ninguém aqui golpista", disse ao microfone o cantor Lobão, que participou do ato.
O músico usou as redes sociais, ontem, para se defender de críticas de que apoiaria uma intervenção militar no País para derrubar o governo de Dilma.
Na carta aberta, Lobão afirma que "qualquer ditadura é injustificável" e que não está ligado a nenhuma liderança política. "Sou apenas um cidadão indignado como qualquer outro", conta o cantor.
Lobão também criticou algumas correntes "separatistas" que proliferam na internet, dizendo que o Nordeste é o responsável pela reeleição de Dilma: "É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político".
Antes das eleições, Lobão chegou a dizer que deixaria o País em caso de vitória petista. Depois de confirmada a reeleição, voltou atrás. O cantor, aliás, também voltou ao tema na mensagem. "Aos que cobram a minha partida do Brasil é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser", defendeu.
Petição
Há sete dias no ar, uma petição popular americana solicita à Casa Branca que "se posicione" contra a "expansão bolivariana comunista no Brasil promovida pelo governo de Dilma Rousseff", após a reeleição da presidente brasileira. Segundo o pedido, Dilma "continuará o plano de estabelecer um regime comunista no Brasil" e "os EUA precisam ajudar os promotores da democracia e da liberdade no Brasil".
 
 
POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;DN

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