Para um colecionador de títulos como o River Plate, algumas invencibilidades podem até ser subvalorizadas, contudo, alcançar a marca de 30 jogos sem derrota significa muito. Recém-saído da Segunda Divisão argentina, o momento atual representa o retorno do maior campeão nacional ao panteão dos grandes da América do Sul; uma volta monumental.
Não muito distante, em 2010, os "Millonarios" escreveram alguns dos capítulos mais tristes de seus 113 anos de história, quando desceram para a Primera B. Desde então, a equipe bicampeã da Libertadores e campeã mundial teve de fazer sua "via-crúcis" para retornar às glórias, algo doloroso para uma instituição centenária, mas que foi cumprido sem sobressaltos.
O acesso foi construído com uma base sólida. Encarando a situação com a seriedade que faltara em temporadas anteriores, o clube buscou os experientes Fernando Cavenaghi e Alejandro Domínguez, além da estrela franco-argentina David Trezeguet para reforçar o elenco. O resultado veio de forma tranquila com o título da temporada 2011/12 da divisão de acesso.
A reestreia na elite se deu no segundo semestre de 2012, quando o River Plate fez um campeonato discreto e finalizou o certame de abertura em 8º, com 29 pontos conquistados em 19 rodadas. O comandante dessa missão foi o ídolo Ramón Díaz.
Sala de troféus reaberta
De volta a seu habitat, as conquistas foram ficando mais próximas. Em 2013, no Torneo Final (antigo Clausura), vacilos na reta final do certame resultaram no vice-campeonato, apenas três pontos atrás do Newell's Old Boys. Ainda assim, a volta à Copa Sul-Americana foi muito comemorada no clube.
Quando tudo parecia ter entrado nos trilhos, um Torneo Inicial (antigo Apertura) desastroso fez com que alguns fantasmas rondassem as instalações do Monumental de Núñez; foram conquistados apenas 21 pontos, com míseras cinco vitórias.
Mas a hora de reabrir a sala de troféus, enfim, tinha chegado. Chegou também o fim do jejum de vitórias sobre o Boca Juniors na Bombonera após 10 anos. Além disso, a taça do Torneo Final foi conquistada tendo o arquirrival como vice.
A certeza de que os bons ventos voltaram a Nuñez reside ainda no fato de que desde o dia 6 de abril, quando ainda era disputado o campeonato anterior, o time não perde. Já são 30 jogos de invencibilidade (até o fechamento desta edição, pois a equipe enfrentaria, na noite de ontem, o Estudiantes pelas quartas de final da Copa Sul-Americana), algo que impulsionou o time a liderar o Inicial 2014. O River Plate voltou!
POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;DN
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