Em um aceno à oposição, a presidente Dilma Rousseff disse nesta
quarta-feira, 5 que defende a desmontagem de palanques políticos na
busca por um diálogo no segundo mandato. Para Dilma, “há que saber
ganhar” e a atitude do vencedor não pode ser “nem de soberba, nem de
pretensão de ser o último grito em matéria de visão política”.
“Desmontar os palanques significa perceber que na democracia, em toda
e qualquer democracia, no processo eleitoral se disputam visões,
propostas, as mais diferentes, e essas propostas e essas visões são
levadas ao escrutínio popular”, discursou a presidente, em solenidade
com lideranças do PSD no Palácio do Planalto.
O evento serviu para o PSD endossar o apoio ao segundo mandato de
Dilma e cacifar o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, a
assumir um posto estratégico na Esplanada dos Ministérios. Kassab é
cotado para o Ministério das Cidades.
“O povo vai decidir o que ele considera que seja a proposta que
ganhará majoritariamente apoio e aquela que não ganhará. Isso significa
ter consciência do que a democracia é. A democracia é, primeiro, esse
fato: você disputa eleição, se submete, e pode ou não ganhar”, comentou
Dilma. “Há que saber ganhar, há que saber perder. As duas exigem um
atitude, atitude do ganhador não pode ser nem de soberba nem de
pretensão de ser o último grito em matéria de visão política.”
Na fala, Dilma também disse que, apesar de ter sido reeleita, o seu
governo vai propor mudanças e reformas e que é possível manter um
“diálogo com base em propostas”, independentemente do resultado das
urnas.
“Qualquer tentativa de retaliação por parte de quem ganhou, ou
ressentimento por parte de quem perdeu, é uma incompreensão do processo
democrático. E mais, criaria no Brasil um quadro caótico: o presidente
eleito por um lado não conversa com o governador eleito por outro. O
senador eleito por um lado não conversa com o outro senador eleito por
outro. Não pode ser assim”, afirmou Dilma. “Ninguém deve abrir mão das
suas convicções, nem das suas posições. O que nós temos de defender é um
diálogo com base em propostas”, finalizou a presidente, defendendo a
busca de uma “posição consensual”.
POSTADA;GOMES SILVEIRA
FONTE;CEARÁ AGORA
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