
O dirigente da nova agremiação no Estado será o irmão de Almircy, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Luiz Aramicy Pinto. Quando
se criou o PSD no Ceará, foram coletadas 15 mil assinaturas. Para a formação do PL, informou o presidente estadual do PSD ao Diário do Nordeste, Kassab sugere a coleta de 20 mil a 30 mil assinaturas.
"Aqui já iniciamos a fase de coleta de assinaturas para a formação do partido e vamos ficar auxiliando na formação do Partido Liberal. Iniciamos o processo e, nesse começo de ano, vamos voltar a coletar essas assinaturas para fechar o total e formar o partido", salientou Almircy.
No País, para criação da agremiação, são necessárias ao menos 498 mil assinaturas. No entanto, Kassab solicitou que todos os aliados da formação da nova sigla, a 33ª do País, consigam até 800 mil assinaturas, pois elas ainda terão de passar por avaliação da Justiça Eleitoral e geralmente uma parte dos apoios acaba sendo invalidada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso o novo partido seja criado, ele deve se manter como base aliada do Governo Federal e receber o ingresso de parlamentares insatisfeitos com suas siglas, em especial da oposição.
O presidente do partido no Ceará destacou que, até agora, somente o PSD têm se empenhado na coleta de assinaturas. Ressaltou que todos os parlamentares e políticos que queiram ajudar na constituição da nova sigla são bem-vindos e podem cooperar da forma que quiserem.
No Ceará, existe uma comissão formada para gerenciar a coleta de assinaturas, aprovada pela Comissão Executiva Nacional do PL. "Vamos auxiliar essas pessoas que foram indicadas por eles. Já mandamos certificados para o cartório com quase quatro mil assinaturas", diz Almircy.
Prefeitos
O PSD tem hoje 26 prefeitos no Ceará, três deputados estaduais e faz parte da gestão estadual do governador Camilo Santana (PT). O presidente nacional do PSD e ministro de Cidades, Gilberto Kassab, saiu do DEM e criou o PSD em 2011, quando deixou de ser oposicionista para integrar a base governista de Dilma Rousseff. Caso consiga ser criado, o PL será o 33º partido do Brasil. O PROS e o Solidariedade foram os últimos oficializados.
De acordo com Aramicy Pinto, que deve dirigir o PL no Ceará, o novo partido deve trabalhar no campo liberal da política e conseguiu coletar assinaturas de empresários e sociedade civil interessados em participar da discussão política no Estado.
Há apenas uma semana trabalhando na coleta de assinaturas, Aramicy fará reunião, hoje, com lideranças ligadas às clínicas de imagem para possíveis filiações. Para a próxima semana está marcado reunião entre representantes do partido e o PSD Nacional.
Segundo Aramicy, o convite para presidir o novo partido no Ceará foi feito pelo irmão no ano passado, principalmente por ser ligado à Saúde. Ele diz que o novo PL será uma alternativa para prefeitos e vereadores insatisfeitos com suas legendas e que disputarão eleições em 2016.
"A ideia é buscar quem tenha mandato. Devemos procurar muitos partidos. Alguns já estão em conversação com a gente. Nós não vamos conversar com o PT, porque o PT já está satisfeito com a Presidência da República e o Governo do Estado. O PMDB pode até ser, porque tem os insatisfeitos", aponta o dirigente, salientando que o partido não terá uma posição radical.
Apesar da afirmação de Almircy Pinto de que o PSD ajudará na formatação da nova legenda por meio da coleta de assinaturas, representantes do partido não estão empenhados na função. O deputado Leonardo Pinheiro, por exemplo, disse que ainda vai conversar com a direção do grêmio sobre o assunto, uma vez que esteve viajando e não sabia das recentes conversações internas. Gony Arruda alega que, até o momento, não recebeu nenhuma orientação, embora esteja ciente da criação do PL. "O Almircy queria conversar com a bancada e pode ser que ele toque no assunto. Mas o que sei é que nada foi falado a respeito. Ele falou há dois anos sobre a criação do PL, mas orientação para coleta não tive", informa.
Pesca
O secretário da Pesca, Osmar Baquit, garante que não vai se dedicar à coleta de assinaturas, destinando o tempo de suas atividades apenas à Pasta. "Sobre partido novo e novas filiações, não vou atrás de nada. Não falo de política no momento", pontua.
A família Pinto, aos poucos, retoma o poder político que obteve no passado na época do ex-senador Almir Santos Pinto, pai dos irmãos Pinto. Expoente do PSD, Almir foi deputado estadual e três vezes presidente da Assembleia. Em 1978, exerceu o mandato de senador na vaga deixada por César Cals, titular do mandato que foi nomeado ministro das Minas e Energia.
Já Almircy recebeu do ex-governador Cid Gomes, em 2011, a incumbência de liderar o recém-criado PSD no Estado. Agora, com o comando do irmão Aramicy no PL, a família Pinto passará a dominar duas legendas promissoras no Estado.
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POSTADA:GOMES SILVEIRA
COM INFORMAÇÕES DO DN
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