quinta-feira, 30 de abril de 2015

CEARÁ - Leitos de internação caem 7,4% em três anos

Em período epidemiológico, unidades de saúde lotadas já se configuram como uma realidade. Em agravo a essa situação, no entanto, os leitos de internação, tão comumente disputados nestes últimos meses no Ceará, tiveram uma redução de 7,43% em todo o Estado nos recentes três anos, passando de
18.863 em 2012, para 17.461 em 2015. Os dados são do Ministério da Saúde e se referem às vagas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também pela rede privada.
No que diz respeito às vagas do SUS, a quantidade passou de 15.332 para 14.939 no mesmo período dos últimos três anos, com maior queda nos leitos cirúrgicos, passando de 3576 para 3417 (4,4%) e pediátrico, caindo de 2660 para 2502 (5,93%). A rede não SUS, por sua vez, teve uma redução bem maior, de19%, entre os anos de 2012 e 2013, quando os leitos passaram de 4682 para 3792. A maior redução foi nos leitos pediátricos (22%), clínicos (39,3%) e obstétrico (42,9%).
No período de 2008 a 2014, conforme a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), os leitos no Ceará passaram de 15.735 para 15.585. Embora com redução total, a Sesa informa que, levando em consideração a distribuição por tipo de prestador, houve crescimento nas vagas disponibilizadas pelo sistema público estadual, passando de 1.921 para 2.895 nos seis anos e no público municipal, aumentando de 5.563 para 5.867. Já nos prestadores do tipo públicos federais, conforme dados da Secretaria, os leitos caíram de 529 para 465; nos particulares com fins lucrativos reduziu de 2.717 para 1.605; e nos particulares sem fins lucrativos a queda foi de 1.029 para 859 vagas.
Apesar da aparente melhora no que diz respeito aos leitos da rede pública de saúde, a situação enfrentada nos grandes hospitais aponta para uma crescente procura da população e, até então, a falta de medidas mais resolutas por parte do poder público. Prova disso é que, ontem, 403 pacientes se encontravam nos corredores das unidades de saúde, segundo levantamento diário realizado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará em conjunto com a Associação Médica Cearense (AMC) desde o último dia 21 de abril.
Espera
Conforme o "Corredômetro", 129 pacientes aguardavam transferência nas nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), sendo que 18 deles estavam entubados; 100 estavam no Instituto Dr. José Frota (IJF); 58 no Hospital Geral de Fortaleza (HGF); 55 no Hospital de Messejana (HM); 48 no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias); e 13 no Hospital São José (HSJ).
Henrique Javi, secretário adjunto da Sesa, reforça que, em parte, a lotação atual dos hospitais é por pacientes com demandas agudas, dores fortes e procedimentos cirúrgicos, mas atribui a maior procura, também, à parte de um processo de melhoria no sistema de saúde como um todo. "Um componente que agrega isso são os diagnósticos, que aumentaram ao longo do tempo e geram essa demanda maior. Indicadores simples como a redução da mortalidade e o incremento na expectativa de vida demonstram isso", ressalta.
A relação entre o suposto aumento de leitos na rede pública e, ainda assim, a necessidade de mais lugares para assistência à população é avaliada por ele, também, pelo decréscimo de leitos da rede SUS como um todo, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, o que acaba gerando, para quem viabilizou leitos novos, a superlotação.
Para ajudar no processo, o secretário destaca o programa de expansão da rede especializada em andamento, com o hospital em fase de conclusão no Sertão Central e o compromisso de construir mais dois, um na região do Vale do Jaguaribe e outro na Grande Fortaleza, resultando entre 800 e 900 novas vagas, aproximadamente nas três unidades. "Serão leitos clínicos, cirúrgicos, de UTI, em todas as áreas", diz.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que 50 vagas estão em fase de negociação com o Estado e espera um resultado concreto para a próxima semana. A reportagem tentou contato com a Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece) mas o presidente se encontrava em Brasília.
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POSTADA:GOMES SILVEIRA
FONTE:DN

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