terça-feira, 28 de abril de 2015

MAIS DE 4 MIL MORTOS - Caos atrapalha assistência ao Nepal

Katmandu. Com um número de mortos que já supera os 4.000 e com mais de 7.500 feridos, o Nepal, enfrenta, na sequência do seu pior terremoto em 81 anos, ocorrido no sábado (25), uma situação de caos agravada pela
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Entre os que aguardam para sair do país estão o montanhista cearense Rosier Alexandre (46) e o filho dele, Davi Saraiva (22). Segundo a esposa de Rosier, Danúbia Pereira, ele foi resgatado ontem no Campo Base 1 do Everest, a 5.900 metros de altitude, horas após descer do Campo Base 2, a 6.400 metros.
O brasileiro ficou retido no Campo 2 durante três dias após o acampamento ser atingido por uma avalanche causada pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país no sábado. O incidente matou a médica da expedição. O filho do alpinista, Davi Saraiva, também foi resgatado depois que outro deslizamento atingiu o acampamento base do Everest. Ambos passam bem.
Danúbia conta que ficou apreensiva durante todo o fim de semana à espera de notícias do marido e do enteado. "Conversei com Rosier logo após o tremor, no sábado pela manhã. Depois, eu fiquei sem saber notícias até hoje (segunda-feira) pela manhã, quando ele ligou", disse ela.
Segundo Danúbia, pai e filho estão em um vilarejo da região, Gorak Shep, onde devem permanecer até que possam deixar o país. O alpinista relatou que o campo base parecia um cenário de guerra e que o relevo da montanha foi bastante mudado. "Não existem mais trilhas com escadas e cordas", contou.
O terremoto provocou a suspensão da última etapa do Projeto Sete Cumes, de escalada dos maiores picos de cada continente. No Facebook, Rosier lamentou a morte da médica americana Eve Girawong, atingida pela avalanche. "Ela era muito amada e uma grande adição à nossa equipe. Sentiremos sua falta", escreveu o alpinista.
Até ontem, 96 brasileiros que estavam no Nepal durante o terremoto foram localizados pelo Ministério das Relações Exteriores. Ao todo, ao menos 109 nacionais estavam na região quando houve o tremor - o número foi obtido a partir do contato de familiares com o governo. Segundo o Itamaraty, até ontem não havia registro de brasileiros mortos nem gravemente ferido.
O Ministério deslocou funcionários da embaixada brasileira em Nova Délhi (Índia) e montou um centro de atendimento no aeroporto da capital nepalesa.

Ajuda
O Nepal anunciou ontem que ainda precisa de todo tipo de ajuda, desde cobertores a médicos e helicópteros. "Pedimos tendas, alimentos secos, colchões e 80 tipos diferentes de remédios", disse Leela Mani Paudyal, secretário de governo do país.
O acesso às vilas mais atingidas pelo forte tremor, no distrito de Gorkha, ainda é complicado, o que atrasa operações de resgate e atendimento aos feridos. Da capital, é preciso viajar mais de cinco horas de carro por estradas afetadas pelo terremoto e com trechos bloqueados. "Há pessoas que estão sem comida e abrigo. Há relatos de vilas onde 70% das casas foram destruídas", disse Udav Prashad Timalsina, responsável pela região de Gorkha.
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Riqueza cultural e muita pobreza
Não foram só a riqueza cultural e as belas paisagens rodeadas por montanhas que chamaram a minha atenção quando visitei o Nepal em março de 2013. Ao longo dos 25 dias de viagem, também registrei pelo caminho as imagens de um país muito pobre, com infraestrutura e serviços turísticos precários. É impressionante como o lugar está muito mais abaixo da pobreza. Lá não tem iluminação pública, não tem calçada, não tem harmonia no trânsito. Fico imaginando a região no meio desta destruição provocada pelo teificuldade em garantir o acesso de ajuda humanitária.
Cerca de US$ 40 milhões em doações já foram prometidos pelas Nações Unidas (US$ 15 milhões) e por países como EUA (US$ 10 milhões) e Reino Unido (US$ 7,5 milhões). Há ainda o auxílio enviado pelos vizinhos China e Índia, com suprimentos e equipes de apoio.
O pequeno aeroporto de Katmandu - principal entrada do país- não tem comportado o tráfego intenso gerado tanto pela procura de turistas que tentam deixar o Nepal, quanto pela chegada da ajuda humanitária enviada por outras nações. Ao menos quatro aviões da Força Aérea indiana, com socorristas e medicamentos, por exemplo, tiveram que retornar a Nova Délhi após não conseguirem pousar no aeroporto de Tribhuvan.
rremoto. É chocante.
Fora da capital nepalesa a miséria mostra um cenário bem mais cruel. O epicentro foi entre Katmandu e Pokhara, cidade turística na base do Himalaia. As duas são ligadas por estradas estreitas e em subida. Essa área deve estar um caos, pois lá há vários pequenos povoados ainda sem infraestrutura. A única forma de chegar a Katmandu é por essas vias. Os hospitais são muito precários, o que deve prejudicar a assistência.
O terremoto aconteceu no período considerado "alta estação", época em que acaba o inverno e o país se enche de turistas e praticantes de alpinismo. É um país de pessoas boas. Somos muito bem recebidos, apesar da extrema pobreza. A tragédia deve afetar o turismo e prejudicar a economia da região.



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POSTADA:GOMES SILVEIRA ,COM INFORMAÇÕES DO DN

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