O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, negou
nesta sexta-feira que o nome do ex-ministro chefe da Casa Civil Antonio
Palocci esteja entre os cogitados para a coordenação de sua campanha
eleitoral. Haddad também desmentiu os rumores de que já estaria em
negociação com os deputados federais Ricardo Berzoini e Paulo Teixeira e
com o prefeito de Osasco Emídio de Souza.
Segundo Haddad, o que ocorreu foi uma consulta a alguns grupos do
partido que sugeriram os nomes de Berzoini, do deputado Vicente Cândido e
do deputado estadual Enio Tatto. “Mas ainda não há definições. Quando
houver, serei o primeiro a anunciá-las”, afirmou Haddad. Apenas um nome
já é certo na direção da campanha do ex-ministro da Educação: Antonio
Donato, presidente do diretório municipal do partido.
Nesta sexta-feira, o candidato petista esteve em bairros da região de
São Miguel Paulista na Zona Leste da cidade. Ele visitou um hospital e
falou com moradores. A visita terminou com uma plenária no Sindicato dos
Químicos na Vila Itaim.
Questionado sobre se espera a recuperação do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para bater o martelo sobre nomes e cargos para sua
coordenação de campanha, Haddad disse que a opinião de Lula é
importante, mas que a decisão será conjunta. “Também ouvirei o Donato e o
Rui Falcão. Eu tomo decisões consultando as pessoas”.
Farpas - O ex-ministro respondeu às críticas do
pré-candidado do PSDB José Serra sobre a política nacional de educação e
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo nesta
quinta-feira. Os vazamentos de conteúdo da prova, em 2009 e 2011, foram
a principal crise enfrentada por Haddad à frente do Ministério da
Educação. No texto, Serra disse que o Enem é um "festival de
trapalhadas, injustiças, arbitrariedade, subjetivismo e falta de
critério na correção das provas".
"Serra sempre foi um opositor sistemático do governo Lula e agora da
presidente Dilma. Enquanto a comunidade internacional celebra os feitos
do Brasil, o candidato parece viver em outra dimensão", disse Haddad,
afirmando que não viu no artigo uma crítica velada direcionada a ele, já
antevendo o caráter nacionalizado que deverá ter a disputa municipal em
São Paulo.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Revista Veja
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