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Segundo caciques do partido, Dilma não atua politicamente para conter as
insatisfações de aliados e o ex-presidente seria fundamental para
persuadir setores do Planalto de que acolher legendas como PR e PDT no
governo federal, com cargos na Esplanada do Ministério, por exemplo,
teria reflexos positivos diretos nas eleições municipais, e não apenas
em São Paulo.
Além disso, os petistas do QG da campanha de Haddad esperam que Lula
converse diretamente com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
para que ele garanta que seu partido, o PSB, esteja com o PT desde o
primeiro turno na capital paulista.
"Esperamos que Lula converse com Eduardo Campos e que melhore a relação
com PR e PDT, porque ao segundo turno o PT deve chegar, mas o que não
pode é chegar com poucos aliados, senão fica muito difícil", disse um
dirigente petista. O PT-SP atua para convencer os pré-candidatos
Paulinho da Força (PDT) e Celso Russomano (PRB) a apoiarem Haddad, senão
no primeiro, no segundo turno, e evitar que eles acabem ao lado de José
Serra.
Na última semana, houve um movimento dos diretórios municipal e estadual
do PSB em direção à candidatura de Serra, o que desagradou a dirigentes
do PT que garantiam existir um "compromisso pessoal" de Campos com Lula
em favor de Haddad e do PT na capital paulista. Após interferência do
governador, que veio a São Paulo se reunir com dirigentes de seu
partido, o anúncio de aliança com qualquer um dos candidatos - Haddad ou
Serra - ficou suspenso até segunda ordem.
Lula, o retorno
A previsão era a de que Lula voltasse aos trabalhos no Instituto Lula em
meados de março, após recuperação de um tratamento contra um câncer na
laringe, mas uma pneumonia atrapalhou os planos. O ex-presidente foi
internado no fim de semana passado e recebeu alta no domingo (11), após
oito dias de tratamento no Hospital Sírio-Libanês.
Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Lula, ele deve descansar
por mais alguns dias, esperando a recuperação completa, antes de
qualquer tipo de atividade política.
Para a campanha de Haddad, Lula será importante tanto nos programas de
rádio e TV e comícios, que só podem ter início em julho, segundo a lei
eleitoral, como também nas caminhadas, visitas a centros de bairros da
periferia de São Paulo, entre outros compromissos, que devem começar em
maio. Até lá, os petistas esperam que Lula esteja completamente
recuperado.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Terra
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