
Impedido de se candidatar à Prefeitura de Fortaleza por ser irmão do
governador Cid Gomes (PSB), o ex-ministro Ciro Gomes, integrante da
executiva nacional do PSB, diz que, se não houvesse a restrição legal,
apresentaria seu próprio nome para disputar a sucessão de Luizianne Lins
(PT).
“Se eu não fosse inelegível, já estaria agarrado pedindo
votos”, diz Ciro, para quem o PSB, nas eleições municipais, deveria
fazer uma opção por “um arco de alianças de centro-esquerda”, em que
casos excepcionais fossem levados ao diretório nacional.
Ciro, que
ocupa uma das cinco vice-presidências do partido, diz não ter
conhecimento de qualquer conversa do presidente do partido, o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos, com os demais dirigentes para discutir
as eleições deste ano. “Pelo menos eu não fui convidado”, afirma. Campos
tem percorrido vários Estados em negociações de alianças.
Na
falta de nomes competitivos do PSB para disputar a Prefeitura de São
Paulo, Ciro defende que os socialistas se aliem a Fernando Haddad (PT),
ex-ministro da Educação, ou ao deputado Gabriel Chalita (PMDB) e rejeita
o apoio ao tucano José Serra. “Nunca achei feliz a posição dos meus
queridos companheiros em São Paulo (aliados do governador tucano Geraldo
Alckmin)”, diz. Para Ciro, “Haddad fez um excelente ministério”.
Questionado
sobre documento assinado por peemedebistas que acusa o PT de tentar
afastá-los do centro do poder, Ciro diz que “o tamanho da goela do PT é
um dos fatores de instabilidade” do governo, mas não poupa o PMDB. “A
causa é correta, mas a reivindicação é fisiológica ou potencialmente
corrupta”, ataca.
O ex-ministro também cita as pressões do PR para
indicar um nome do partido do Ministério dos Transportes. “Fico
corado”, brinca. “O que está armado contra a presidente Dilma é uma
vendeta. Ela tem que mostrar que não tem compromisso com o erro, ao
primeiro sinal (de irregularidades), bota para fora. Mas tudo vira uma
vingança pessoal. Tudo armado para, quando ela enfraquecer, eles virem
para cima”. (O Estado de S.Paulo)
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Estado
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