Em depoimento ao
Conselho de Ética do Senado Federal, senador negou envolvimento em
esquemas de tráfico de influência e exploração de jogos ilegais
senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), em
continuidade ao depoimento iniciado por volta das 10h desta terça-feira
(29) ao Conselho de Ética do Senado Federal,
negou que seja "sócio oculto" da empresa Delta Construção, suspeita de integrar suposto esquema comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
negou que seja "sócio oculto" da empresa Delta Construção, suspeita de integrar suposto esquema comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
- O sócio oculto da Delta não sou eu. Se tem algum sócio oculto da
Delta procurem com uma lupa maior aí, porque não sou eu - disse o
senador, ao defender-se no Conselho de Ética do Senado em processo de
quebra de decoro parlamentar que responde contra si.
Demóstenes é suspeito de ligações estreitas com Carlinhos Cachoeira e
de ter usado seu mandato para beneficiar o suposto esquema comandado
pelo empresário goiano, preso desde 29 de fevereiro, acusado de ligação
com jogos ilegais e de comandar uma rede de influência envolvendo
agentes públicos e privados.
Jogos ilegais
O senador negou ainda envolvimento com o esquema de exploração de jogos ilegais.
- Eu queria dizer às senhoras e aos senhores que todas as autoridades
que atuaram nesse inquérito disseram textualmente que eu não tenho nada a
ver com jogo - disse o senador.
O relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), sustentou em
seu relatório preliminar, apresentado no dia 3 de maio, que Demóstenes
entrou em contradição com relação à posição sobre a legalização de jogos
no Brasil.
Hoje (29), Demóstenes negou que tenha votado a favor da legalização de
jogos quando o Senado apreciou uma medida provisória sobre o assunto
editada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Não estávamos votando o mérito. Tratava-se de matéria preliminar de
cunho constitucional e acompanhei orientação partidária - explicou
Demóstenes, que leu a relação dos demais senadores que votaram com ele,
contra a urgência da votação.
- Nenhum deles pode ser acusado de ter votado a favor do jogo - disse o senador.
Relação com ministros
Ao se defender da acusação de ter tentado influenciar ministros do
governo e de tribunais superiores do Judiciário com pleitos de interesse
de Cachoeira, Demóstenes confirmou a relação com os ministros citados
no inquérito da Polícia Federal, mas negou que tivesse feito pedidos de
interesse pessoal.
- Fui a praticamente todos os ministros [do governo], ainda que sendo
de oposição. Quase sempre, a resposta era não. Entendi que esse era meu
papel. Mas nunca com um pleito escuso - defendeu-se.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Cnews
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