
Mas enquanto respondia questões dos participantes do evento, a sexóloga
disse que votaria em Barack Obama para presidente dos EUA,
especialmente depois que o líder americano declarou apoio ao casamento homossexual. "Acho
que é algo em que ele realmente acredita. Se eu fosse cidadã americana,
votaria em Obama para presidente", afirmou Mariela segundo a imprensa
americana. "Acho que ele é sincero e fala com o coração", completou.
A sobrinha do líder revolucionário Fidel Castro ganhou virou notícia nos principais jornais dos EUA após receber um visto de entrada nos EUA para participar de um evento da Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa), que termina no sábado.
Críticas – Em meio às conflituosas relações entre EUA e
Cuba, a decisão causou grande polêmica entre políticos, especialmente
os republicanos partidários do provável rival de Obama nas eleições de
novembro, Mitt Romney. "Não devemos estender a mão a um regime dedicado à
sistemática e flagrante privação dos direitos humanos básicos", disse o
virtual candidato republicano ao criticar o governo de Raúl Castro.
"Enquanto o regime cubano mantiver a repressão feroz contra dissidentes
e continuar prendendo de forma injusta um de nossos cidadãos, Alan
Gross, a administração de Obama não pode dar as boas-vindas à filha de
um ditador", afirmou Romney.
O democrata Scott Weiner, um dos patrocinadores da visita de Mariela
Castro, saiu em defesa do presidente e disse que "isso não tem nada a
ver com a política nacional", mas se trata de "um evento local" com "uma
mulher que apoia a comunidade de gays, lésbicas e transexuais em Cuba".
Evento – O discurso de Mariela fez parte do 30º
Congresso da Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa) realizado em
um hotel de São Francisco. A filha de Raúl Castro abordou os esforços
pela luta dos direitos dos homossexuais em Cuba desde a década de 1960
até a situação atual.
"Atualmente, a Federação de Mulheres Cubanas, junto à união de juristas
de Cuba e outras instituições, defende um anteprojeto de lei que
modifica o código de família aprovado em 1975, no qual se inclui uma
cláusula sobre o respeito à livre orientação sexual e identidade de
gênero, que inclui o reconhecimento legal aos casais de mesmo sexo',
declarou Mariela.
'Todo o cenário da revolução dos anos 1960, todo esse paradigma
emancipador de busca de justiça plena, veio estabelecendo as bases e o
desenvolvimento profissional de jovens e novas instituições, recursos
que foram chegando a Cuba para tratar uma realidade que, no mundo
científico ou político, não estava bem articulada", declarou.
Mariela está na cidade californiana desde a última terça-feira e
participou de reuniões universitárias, de um fórum de médicos e do um
colóquio organizado pelo movimento de gays, lésbicas e transexuais. Na
próxima terça, ele estará em Nova York para outra conferência sobre os
direitos dos homossexuais.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Veja
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