Como se já não fosse difícil equacionar os interesses entre PT e PSB,
surge ainda um terceiro elemento para embolar ainda mais o meio de
campo das negociações na aliança governista: o PMDB.
O
presidente estadual e líder mor da sigla, senador Eunício Oliveira,
fechou acordo quase incondicional com o governador Cid Gomes (PSB). Para
onde Cid for o PMDB vai junto, diz ele.
“O processo é muito
dinâmico, mas a tendência natural é que quem ficar aliado em 2012 também
vai estar junto em 2014”, afirmou Eunício, sem esconder que uma das
estratégias do partido é justamente
a eleição de daqui a dois anos,
quando é grande a chance de o peemedebista se lançar candidato à
sucessão de Cid.
O principal trunfo político do
peemedebista é o fato de ter recuado da disputa pelo Senado, em 2006, em
prol do hoje senador Inácio Arruda. Também pesa o fato de ter uma das
maiores fatias no horário eleitoral gratuito.
A parceria entre
PMDB e PSB, no entanto, pode ser um fator complicador na
aliança de Cid com o PT em 2012. Na última quinta-feira, Eunício
disse ao O POVO que um acordo
fechado com o governador coloca, obrigatoriamente, o PMDB na chapa
majoritária nas eleições deste ano. “O PMDB não abre mão disso”, colocou
Eunício.
Isso significa que os peemedebistas querem, pelo menos, o posto de candidato a vice-prefeito na chapa.
Em um cenário de aliança entre o PT e o PSB, o partido de Cid teria de abrir mão de emplacar um nome próprio para acompanhar o “cabeça” da chapa – que, nesse caso, seria petista.
Em um cenário de aliança entre o PT e o PSB, o partido de Cid teria de abrir mão de emplacar um nome próprio para acompanhar o “cabeça” da chapa – que, nesse caso, seria petista.
O PMDB – e, particularmente, Eunício – monitora com atenção redobrada os passos do PT, já que, em 2014, os peemedebistas podem ter de disputar com os petistas um lugar ao sol na aliança rumo ao Governo e ao Senado. A depender dos acertos políticos até lá, Eunício e Luizianne podem vir a se enfrentar em 2014 – situação que, pelas características das duas siglas, criaria uma grande celeuma política.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Povo
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