Indefinição da aliança governista
influencia também na articulação da oposição. Em meio a reuniões,
encontro e telefonemas, as próximas semanas serão decisivas para a
composição das coligações
Enquanto as atenções se
voltam para a expectativa de solução do imbróglio entre PT e PSB, os
partidos que
não compõem o arco governista se articulam com vistas à
disputa eleitoral. Entre reuniões, encontros e telefonemas, o fato é que
ainda não há rumo certo para a oposição local, enquanto não se sabe ao
certo quem estará de que lado da disputa.
Boa parte disso se
deve justamente à interrogação que paira sobre a aliança entre os grupos
que controlam a administração municipal e a estadual. Mesmo quem está
fora espera a confirmação sobre a manutenção ou o rompimento para
decidir seus arranjos.
No PSDB, o presidente estadual do
partido, Marcos Cals, afirma que está negociando com pelo menos oito
partidos, citando PTB, PTC, PPS, PR e DEM. Ele defende que os partidos
de oposição tenha candidato próprio no primeiro turno, para depois se
unirem em um eventual segundo turno.
Em meio a isso, segundo
Cals, há “conversas de bastidores que as pessoas por enquanto pedem para
não serem divulgadas”. Além dele, o PSDB tem dois outros
pré-candidatos: Carlos Matos e João Mota. O POVO tentou falar com o
presidente estadual da sigla, Pedro Fiúza, mas as ligações não foram
atendidas.
O PPS já definiu que não terá candidato próprio. O
presidente estadual da sigla, Alexandre Pereira, afirma que a oposição
vive cenário de indefinição. “Continuo achando a oposição muito
fragmentada”, considera. Ele explica que seu partido negocia
principalmente com Heitor Férrer (pré-candidato pelo PDT) e Inácio
Arruda (pré-candidato pelo PCdoB). Este último, que até recentemente
integrava a base da gestão municipal, já disse que espera contar com o
apoio também do PSB.
Robinson de Castro, presidente municipal
do DEM, já dá como certa a candidatura de Moroni Torgan à Prefeitura,
mas diz que as alianças continuarão indefinidas “enquanto não houver
desfecho entre PT e PSB”, porque “alguns partidos podem vir a se aliar
com um ou outro lado” em caso de rompimento.
Renato Roseno
(Psol) diz que o partido tem diálogo avançado com o PCB. Mas ele frisa
que a principal articulação do Psol é com os movimentos sociais.
PMDB
Mas principalmente outros partidos governistas aguardam a definição das negociações entre Palácio da Abolição e Paço Municipal.
No
PMDB, por exemplo, o presidente estadual do partido, Eunício Oliveira,
já deixou claro que seguirá o caminho trilhado pelo PSB do governador
Cid Gomes, independente do futuro da aliança com o PT.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A
aliança ou não entre PT e PSB definirá a posição dessas legendas e,
também, será crucial para a competitividade delas. Além disso, mexerá
com todo o jogo de alianças, reposicionando siglas que podem se aliar a
um ou outro. O que afetará até quem não estará com nenhum dos dois.
Postada:Gomes Silveira
Fonte;O Povo
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