“Sem querer demonstrar rancor, e com certo tom de indiferença, o governador Cid Gomes
(PSB) evitou polemizar sobre as críticas que a prefeita Luizianne Lins
(PT) fez sobre o Executivo estadual após o rompimento da aliança.
Entretanto, ontem, não deixou de criticar o perfil político da petista.
Ao O POVO, Cid disse que considera “normal, em campanhas, acirramento de
ânimos e baixaria” e que “Luizianne tem este estilo de longas datas:
procura estabelecer na polêmica uma forma de se destacar. Não vou cair
nessa estratégia”.
As declarações foram feitas depois da solenidade de posse da nova
diretoria do Tribunal Regional do Trabalho – um dia após a prefeita ter
atacado a política de segurança pública do Estado e ter dito que, a
partir de agora, não tratará o PSB mais como aliado, embora vá tentar
“até o último momento”, reaproximação com o partido de Cid.
O governador ressaltou que, apesar da crise, vai buscar apoio do PT
em um possível segundo turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza.
Assim, mandou recado à prefeita. “O que a prudência e a inteligência
política recomendam é que você não escancare. Sempre pretendi manter a
aliança com o PT. Não foi possível. Não é necessário que isso vire uma
guerra”, afirmou.
Rumos do PSB
Após longo período de impasse, o PSB anunciou que não estará ao lado
do candidato petista à sucessão de Luizianne, Elmano de Freitas, e que
irá lançar candidato próprio na campanha. Ontem, porém, Cid disse que
não descarta a possibilidade de o PSB apoiar o nome de outro partido –
incluindo o do senador Inácio Arruda (PCdoB). “Enquanto não houver a
formalização de uma candidatura (própria), tudo é possível”, sugeriu
ele, que não quis adiantar tendência sobre que nome será escolhido.
O chefe do Executivo admitiu também que, caso o PSB se lance na
disputa, o posto de candidato a vice-prefeito na chapa será ocupado pelo
PMDB, hoje o maior partido da aliança governista.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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