Londres/Quito O Equador concedeu asilo político ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou ontem o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, um dia depois de o governo britânico ameaçar invadir a embaixada do país sul-americano em Londres para prendê-lo. O país também convocou o Brasil para uma reunião de emergência dos chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasu) para o próximo domingo (19).
Julian Assange está na embaixada do Equador há oito semanas, desde que perdeu uma batalha legal para evitar sua extradição para a Suécia O encontro acontecerá em Guayaquil, para analisar a situação diplomática derivada da concessão de asilo a Assange. "O Brasil não decidiu ainda se enviará o chanceler Antônio Patriota, ou outro representante", disse um funcionário do ministério das Relações Exteriores.
A Grã-Bretanha afirmou que está determinada a extraditar o ex-hacker para a Suécia, onde é acusado de abuso sexual. Assange irritou Washington em 2010, quando o WikiLeaks publicou documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos.
"O Equador decidiu conceder asilo político a Julian Assange após o pedido enviado ao presidente", disse Patiño em entrevista coletiva em Quito. Ele argumentou que a segurança pessoal de Assange corria riscos, que era provável a extradição para um terceiro país sem as garantias apropriadas e que evidência legal mostrou que ele não teria um julgamento justo se fosse eventualmente transferido para os Estados Unidos.
"É uma decisão soberana protegida pela lei internacional. Não faz sentido supor que isso implica uma quebra das relações (com a Grã-Bretanha)", acrescentou Patiño.
Mesmo depois da decisão do Equador, o destino de Assange está longe de uma definição: A Grã-Bretanha diz que poderia remover o status diplomático da embaixada do Equador, o que exporia Assange à prisão imediata pelas autoridades britânicas.
"Nós não vamos dar salvo-conduto ao sr. Assange para sair do Reino Unido, nem existe uma base legal para que façamos isso", afirmou o secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, em entrevista à imprensa em Londres, depois do anúncio do Equador.
"O Reino Unido não reconhece o princípio de asilo diplomático. A situação poderá se prolongar por um tempo considerável e não existe nenhuma ameaça de invadir a embaixada equatoriana", disse Hague.
A Grã-Bretanha afirmou que está determinada a extraditar o ex-hacker para a Suécia. Ele é acusado de abuso sexual
Assange está na embaixada do Equador há oito semanas, desde que perdeu uma batalha legal na Grã-Bretanha para evitar sua extradição para a Suécia.
Em um comunicado postado pelo WikiLeaks em sua conta no Twitter, Assange disse que a decisão do Equador é "uma vitória histórica". Julian Assange afirma que a Suécia poderia ser uma etapa até sua entrega aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem. Ele teme ser condenado à morte.
Pronunciamento
O fundador do WikiLeaks fará um pronunciamento ao vivo diante da embaixada equatoriana no domingo. Não está claro, porém, se ele corre risco de prisão ao aparecer fora do edifício.
Mesmo com o asilo, Assange tem poucas chances de deixar a embaixada do Equador em Londres sem ser preso. A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland disse que Washington não pretende se envolver no caso.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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