O presidente dos EUA condenou o assassinato do embaixador após protestos contra filme anti-islã
Christopher
Stevens e seus três colegas foram mortos na terça-feira, quando
militantes islâmicos atacaram o consulado em Benghazi e um outro local
na cidade, que fica no leste do país e foi o berço do levante contra
Muammar Kadafi
Washington O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ontem fazer justiça com os assassinos do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e de outros três diplomatas, enquanto buscava evitar os efeitos de um ataque que joga luz sobre como o governo lidou com a Primavera Árabe.
O embaixador Stevens e três funcionários da embaixada foram mortos na terça-feira, quando militantes islâmicos atacaram o consulado em Benghazi e um outro local na cidade, que fica no leste da Líbia e foi o berço do levante do ano passado contra o governo de 42 anos de Muamar Kadafi. Outro ataque foi desferido contra a embaixada norte-americana no Cairo.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama classificou o ataque em Benghazi de "ultrajante e chocante", mas insistiu que isso não ameaça as relações com o novo governo eleito da Líbia, que assumiu em julho, depois que as forças rebeldes apoiadas pela força aérea da Otan derrubaram Kadafi em 2011.
Washington O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ontem fazer justiça com os assassinos do embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e de outros três diplomatas, enquanto buscava evitar os efeitos de um ataque que joga luz sobre como o governo lidou com a Primavera Árabe.
O embaixador Stevens e três funcionários da embaixada foram mortos na terça-feira, quando militantes islâmicos atacaram o consulado em Benghazi e um outro local na cidade, que fica no leste da Líbia e foi o berço do levante do ano passado contra o governo de 42 anos de Muamar Kadafi. Outro ataque foi desferido contra a embaixada norte-americana no Cairo.
Em um pronunciamento na Casa Branca, Obama classificou o ataque em Benghazi de "ultrajante e chocante", mas insistiu que isso não ameaça as relações com o novo governo eleito da Líbia, que assumiu em julho, depois que as forças rebeldes apoiadas pela força aérea da Otan derrubaram Kadafi em 2011.
O ataque a diplomatas norte-americanos coincide com uma onda de protestos contra o filme "Innocence of Muslims" (Inocência dos muçulmanos) de produção norte-americana, que foi considerado pelo Islã um insulto ao profeta Maomé.
Os assassinatos geram questionamentos sobre a política de Obama na era pós-Kadafi quando ele busca a reeleição em novembro. Obama, que aparentemente buscou tomar a iniciativa após o ataque, prometeu trabalhar com o governo líbio para "garantir que seja feita justiça para esse ato terrível".
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"E não se enganem: a justiça será feita", afirmou Obama, ao lado da secretária de Estado, Hillary Clinton. Ele determinou o aumento da segurança nas embaixadas norte-americanas em todo o mundo e uma equipe antiterrorista de fuzileiros navais foi enviada à Líbia para aumentar a segurança dos funcionários norte-americanos.
Ontem, uma autoridade norte-americana informou que os Estados Unidos retiraram todo o seu pessoal de Benghazi até a capital líbia e reduziram a equipe na embaixada em Trípoli devido a níveis não especificados de "emergência".
Conciliador
Chris Stevens, veterano na diplomacia com experiência de 21 anos na profissão, foi uma das primeiras autoridades norte-americanas a chegar a Benghazi durante o levante contra Kadafi.
Um dos diplomatas mortos foi identificado como Sean Smith. Os nomes dos outros dois não haviam sido divulgados ainda para que o governo notificasse primeiro as famílias.
Condenação iraniana
O Irã descreveu como "desprezível" o filme "Inocência dos Muçulmanos", considerado ofensivo para o Islã e disse se solidarizar com "a nação islâmica ferida". Em comunicado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, acrescentou que o "silêncio sistemático e contínuo do governo dos Estados Unidos frente a este tipo de ato desprezível é a razão central para a continuidade de tais atos".
O YouTube, site de compartilhamento de vídeos, disse ontem que não removerá o vídeo que ironiza o profeta Maomé que teria suscitado os ataques na Líbia. Governo do Brasil repudia ataques
Brasília O Itamaraty divulgou nota ontem em que critica os ataques a representações diplomáticas dos Estados Unidos no norte da África e lamenta a morte do embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, e de três funcionários diplomáticos.
"O Brasil repudia veementemente os ataques e recorda a obrigação de todos os países de observarem o princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares, como determinado pelas Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, de 1961 e 1963, respectivamente", afirma o texto do ministro Antonio Patriota.
O Itamaraty afirmou que tomou conhecimento "com consternação" do episódio e transmitiu condolências às famílias das vítimas do ataque.
Outras manifestações
Outros países ocidentais condenaram a morte dos quatro diplomatas em Benghazi. Vários líderes foram unânimes na condenação aos assassinatos.
O presidente da França, François Hollande, classificou o ato de "crime odioso". O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, elogiou o governo líbio por se manifestar contra a violência.
Na Organização das Nações Unidas, o subsecretário geral para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, disse que o organismo repudia a difamação de religião em todas as formas, mas não há justificativa para a violência como a ocorrida em Benghazi.
O vice-premiê líbio, Mustafa Abu Shagour, uniu-se às críticas ao ataque. "Eu condeno o ato covarde de atacar o consulado norte-americano e as mortes do sr. Stevens e de outros diplomatas", disse ele no Twitter.
Os militares norte-americanos ajudaram o governo da Líbia a assumir o poder como parte de uma campanha de bombardeio da Otan que ajudou a derrubar Muammar Kadafi em 2011.
Ao mesmo tempo, muitos países muçulmanos concentraram suas críticas contra o filme anti-islâmico que deflagrou a violência. Na Líbia e no Egito, onde a embaixada norte-americana também foi atacada na terça-feira, as autoridades prometeram levar os agressores à Justiça.
Romney critica política externa
Washington O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, não demorou para converter a violência contra diplomatas americanos na Líbia em uma questão eleitoral. Ontem, o ex-governador de Massachusetts aproveitou o caso para criticar os "cálculos errados" da política externa de Obama e salientar seu estilo aos eleitores.
Romney falou sobre o ataque ao consulado dos EUA na Líbia, em Jacksonville na Flórida. "A liderança americana é importante. Os Estados Unidos não devem deixar de usar sua influência na região. Têm de assegurar que a Primavera Árabe não seja posta em perigo e se torne um Inverno Árabe", afirmou.
O republicano atacou especialmente um comunicado, emitido na noite de terça-feira (11), pela embaixada americana no Cairo, no qual condenou o filme que teria originado os protestos e a violência registrados durante o dia. Um grupo de muçulmanos havia escalado os muros da embaixada e queimado a bandeira dos Estados Unidos.
Embora o governo norte-americano tenha desautorizado o comunicado, Romney valeu-se dele para atacar Barack Obama. "Os Estados Unidos estão dando mensagens misturadas ao mundo", criticou o candidato. "O presidente e eu temos posições diferentes sobre Israel, Irã, Afeganistão e Síria. Obama demonstrou falta de clareza em política externa. Um pedido de desculpa pelos valores da América não é o caminho correto".
O republicano disse que um pedido de desculpas pelos valores norte-americanos nunca foi o caminho certo e que "a primeira resposta dos Estados Unidos deve ser indignação com a violação da soberania de nossa nação", afirmou Romney.
Reação democrata
A campanha de Obama imediatamente reagiu ao depoimento de Mitt Romney. "Estamos chocados que, em uma hora na qual os Estados Unidos da América se confrontam com a trágica morte de uma de nossas autoridades diplomáticas na Líbia, o governador Romney possa ter escolhido fazer um ataque político", afirmou Ben LaBolt, porta-voz da campanha democrata, por meio de comunicado.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
Fonte:Diário do Nordeste
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