Brasília. Meia hora após chamar de "especulação de site" a notícia sobre sua designação para o Ministério da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) confirmou ter aceitado o convite da presidente Dilma Rousseff (PT) para o cargo. A titular da pasta é Ana de Hollanda, que será a 16ª substituída no primeiro escalão da gestão Dilma.
Há especulações que a indicação da senadora Marta Suplicy para substituir Ana de Hollanda seja uma compensação por ela ter desistido de disputar a prefeitura de São Paulo, cedendo espaço para Haddad
"O ministério é importante, é a identidade brasileira, é a cultura, sinto que é um enorme desafio", avaliou Marta. A nomeação foi anunciada oito dias após a senadora declarar apoio a Fernando Haddad (PT) para prefeito de São Paulo e quatro dias depois da primeira aparição nas ruas ao lado do candidato, em carreata no Jardim Ângela.
Ela agiu como se estivesse surpreendida com sua designação para a pasta. Mas a iniciativa do governo foi alvo de especulações, após a senadora ter desistido de disputar a prefeitura em proveito de Haddad, candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A senadora rebateu a "tese" da compensação por ter se disponibilizado, só no dia 28, após almoçar com Lula, a apoiar Haddad. A senadora disse que sempre se prontificou a fazer parte da campanha do petista.
"Desde o começo eu disse que na hora em que fizesse diferença, eu entraria", contou, sem se referir às críticas que fez no Twitter tachando a escolha do candidato sem experiência política como sendo "um erro".
Haddad também negou que Marta tenha ganho o cargo de ministra em troca do apoio à sua campanha. "Quem conhece a presidente Dilma sabe que não existe esse tipo de toma-lá-dá-cá com ela. Ela deixou bastante claro que não é de seu feitio", disse. Segundo o petista, ele não sabia previamente da nomeação de Marta para o cargo e isso não fez parte das negociações para a entrada dela em sua campanha.
Experiência
O Ministério da Cultura é a segunda experiência de Marta no Executivo federal. Em 2007, início da segunda gestão de Lula, ela assumiu a pasta do Turismo. Ficou pouco mais de um ano e saiu para disputar a prefeitura de São Paulo, quando foi derrotada pelo atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), então do DEM, apoiado pelo tucano José Serra.
A indicação da senadora gerou repercussões na rede social Twitter. As expressões "Marta", "Ministério da Cultura", "Marta Suplicy", "Ana de Hollanda" e "MinC", figuraram no "Trending Topics", ferramenta que mede os tópicos mais citados na rede.
Gestão de Ana tem sido marcada por duras críticas
Brasília. Irmã do compositor Chico Buarque, Ana de Hollanda é cantora e fez carreira na burocracia estatal. Chegou a trabalhar na Fundação Nacional das Artes (Funarte). Sua gestão foi marcada por críticas, e em várias oportunidades o Planalto precisou negar a saída dela.
A ministra sofre pressão de setores do PT desde que cancelou a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a Fundação Casa de Rui Barbosa. O sociólogo havia dito ao jornal Folha de São Paulo que a ministra era "meio autista".
As críticas também se devem à política sobre direitos autorais defendida pela pasta, à suspensão de pagamento de convênios e à retirada do selo Creative Commons (licença para uso de conteúdo) do site da pasta.
Outra reclamação feita por parte do setor cultural é que ela não teria se empenhado para reduzir o corte no Orçamento da Cultura neste ano. Em 2011, a Controladoria Geral da União determinou que Ana devolvesse diárias que recebeu quando não estava em compromisso oficial.
A Comissão de Ética Pública da Presidência pediu esclarecimentos por ter recebido camisetas da Império Serrano para desfilar no Carnaval. O brinde foi enviado após o ministério zerar a inadimplência da agremiação.
QUEM SAIU DO CARGO
Em sete de 16 mudanças houve suspeitas contra ministros:
Mário Negromonte (Cidades) - Caiu em fevereiro, após irregularidades
Carlos Lupi (Trabalho) - Caiu em dezembro por denúncia de propina
Orlando Silva (Esporte) - Caiu em outubro. Denúncia não foi provada
Pedro Novais (Turismo)- Saiu em setembro de 2011 após usar recurso público para fim particular
Wagner Rossi (Agricultura) - Caiu em agosto ( 2011) por denúncia de lobby Alfredo Nascimento (Transportes) - Saiu em julho de 2011, após ampliar patrimônio 86.500%.
Antonio Palocci (Casa Civil) - Caiu em junho de 2011, após ampliar, em 4 anos, patrimônio em 20 vezes
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
Fonte:Diário do Nordeste
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