Policiais militares encontraram, na manhã desta segunda-feira (10), os
corpos dos seis jovens desaparecidos desde sábado (8), em Jacutinga, Mesquita, no Rio de Janeiro, segundo informou o comandante do 20º Batalhão da Polícia.
Os corpos foram encontrados por três pedreiros que realizam a ampliação
da Rodovia Presidente Dutra. O jovens estavam lado a lado, enrolados em
lençóis, na Rua Dona Delfina Borges, no bairro de Jacutinga, próximo à
Via Dutra, em Mesquista. Eles estavam nus, amordaçados e com sinais de
facadas e marcas de tiro, e serão levados para o Instituto Médico Legal
(IML) do Rio.
"Eram umas 7h40 quando e eu meus amigos vimos estes lençóis sujos de
sangue. Aí eu levantei e vi que eram corpos. Liguei para a policia e
eles vieram aqui e fizeram a identificação dos meninos. Foi uma cena
lamentável, eles estavam nus e bastante machucados", contou o pedreiro
Ademir Antônio Arthur.
Segundo Tiago Batista, os corpos já estavam há pelos menos um dia no
local. "Eles estavam fedendo e com marcas de tortura", completou.
Os rapazes foram identificados pela Polícia Civil como Christian
Vieira, de 19 anos; Victor Hugo Costa, Douglas Ribeiro e Glauber
Siqueira, de 17; e Josias Searles e Patrick Machado, de 16.
A polícia acredita no envolvimento de traficantes no crime. O tio de
Victor Hugo, o ajudante de pintor Antonio Alves da Costa Filho, no
entanto, disse ao G1 que os rapazes, que se conheciam havia cerca de sete anos, nunca tiveram envolvimento com drogas.
Amigos e familiares contaram que o local onde eles foram mortos era um
parque da prefeitura em que segundo moradores é muito comum ver bandidos
da Chatuba armados com fuzil. Segundo eles, é o mesmo local onde um
pastor teria sido morto neste domingo.
Anderson de Oliveira, morador, vizinho e amigo das famílias, disse
também que os pais dos jovens tentaram ir ao parque procurar pelos
jovens no domingo, e que foram recebidos a balas pelos traficantes.
Para a delegada que investiga o caso, Sandra Ornelas, a chacina foi uma
demonstração de força de traficantes. "Nenhum dos meninos tinha
passagem pela polícia ou envolvimento com o tráfico. Recebemos a
informação de que a família entrou em contato com os traficantes pelo
celular de uma das vítimas, mas eles disseram que não devolveriam os
garotos. A família também pediu ajuda a um pastor para negociar, mas não
deu certo. Eles estavam no lugar errado na hora errada", afirmou a
delegada.
Amigos pedem justiça em cartaz Cristiane
Ainda segundo Sandra, a família a princípio registrou o caso como
desaparecimento e depois mudou para sequestro. "Pode ter sido vingança,
mas eu acredito que tenha sido uma demonstração de poder. Foi um crime
injustificável", explicou.
De acordo com moradores do bairro de Olinda, onde moravam todos os
jovens, há cerca de quatro meses ocorre uma guerra de facção. "A
cachoeira de Gericinó é uma área de lazer, mas por causa dessa briga
entre os traficantes, a gente não pode nem se divertir", relatou uma
moradora que não quis se identificar.
Protesto de amigos
Todos os jovens moravam na Rua Coronel França Leite, no bairro do Cabral, em Olinda, em Nilópolis, na Baixada. Na manhã desta segunda, dezenas de amigos e familiares chegaram a fechar a rua em protesto contra a chacina. Por volta de 11h30, a polícia chegou para liberar a via e foi recebida com gritos de "justiça".
Todos os jovens moravam na Rua Coronel França Leite, no bairro do Cabral, em Olinda, em Nilópolis, na Baixada. Na manhã desta segunda, dezenas de amigos e familiares chegaram a fechar a rua em protesto contra a chacina. Por volta de 11h30, a polícia chegou para liberar a via e foi recebida com gritos de "justiça".
Segundo vizinhos, amigos e parentes, os jovens não têm qualquer envolvimento com o tráfico.
“É um parque criado pela Prefeitura. Depois que a Prefeitura tomou conta, eles tiraram o exercito de lá. Lá não tem policiamento e a Chatuba chega pela mata. A qualquer hora do dia você vê homens com fuzil. Eles eram estudantes, só foram lá para passear”, disse o vizinho Arlindo de Oliveira.
“É um parque criado pela Prefeitura. Depois que a Prefeitura tomou conta, eles tiraram o exercito de lá. Lá não tem policiamento e a Chatuba chega pela mata. A qualquer hora do dia você vê homens com fuzil. Eles eram estudantes, só foram lá para passear”, disse o vizinho Arlindo de Oliveira.
Amigos de infância dos jovens e vizinhos contam que os seis eram
estudantes. A mãe de Christian chegou amparada por uma amiga, após o
reconhecimento do corpo. “Não sei quem poderia querer mal para o meu
filho. Como é que eu vou ficar agora sem o meu filho”, desabafou.
Mãe de Cristian França chegou amparada por uma
amiga, após o reconhecimento do corpo
amiga, após o reconhecimento do corpo
O irmão de Patrick, Paulo Henrique, foi um dos que reconheceu os
corpos. Segundo ele, todos os seis jovens estavam amarrados. Christian
estava com um dente quebrado e um tiro na testa. Glauco tinha cinco
facadas no pescoço. Paulo Henrique informou ainda que Josias foi
encontrado com um tiro próximo ao olho e João Vitor, morto com um tiro
na cabeça. Famílias e amigos organizam um enterro coletivo.
Segundo o morador Marcio Moura, os jovens iam constantemente para este local tomar banho de cachoeira e soltar pipa. “Moro há 37 anos aqui, frequentava a cachoeira quando era jovem, tenho um filho quase da idade deles e nunca vi isso acontecer lá. Podia ter sido o meu filho. Eles vão soltar pipa lá para não correr o risco de enrolar nos fios, por uma questão de segurança”, explicou.
Segundo o morador Marcio Moura, os jovens iam constantemente para este local tomar banho de cachoeira e soltar pipa. “Moro há 37 anos aqui, frequentava a cachoeira quando era jovem, tenho um filho quase da idade deles e nunca vi isso acontecer lá. Podia ter sido o meu filho. Eles vão soltar pipa lá para não correr o risco de enrolar nos fios, por uma questão de segurança”, explicou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:G1
Fonte:G1
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